A LITERATURA EM CORDEL VIII: A LITERATURA CONTEMPORÂNEA
A LITERATURA CONTEMPORÂNEA
Desde o ano de cinqüenta
É grande a transformação
Na poesia e na prosa
Há muita inovação
Fudem-se as características
Contemporâneas, modernistas
Muda a denominação.
Tendências Contemporâneas
Aproximam duas artes
Erudita e popular
Com intertextualidade
Os estilos se misturam
A ironia eles usam
Também a metalinguagem.
O desenho e a arte gráfica
Também a tipografia
Cinema e publicidade
Junto à fotografia
Vários tipos de linguagens
À escrita, inovam, invadem
Transformam a poesia.
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A poesia é chamada
Poesia visual
Ou poesia sonora
Pois é muito original
Movimento concretista
Faz poesia bonita
Melhorando nosso astral.
No Concretismo a grafia
Das palavras é exaltada
A linguagem musical
Visual é destacada
Os versos são rejeitados
O lirismo abandonado
Em prol da arte grafada.
Os poetas concretistas
Que mais merecem destaque
São: Décio Pignatari
Nessa arte foi um craque
Também Augusto de Campos
Seu irmão Haroldo Campos
Pioneiros nessa arte.
03
Paralela ao Concretismo
Ocorreu outra poesia
Poesia social
Que à primeira resistia
Criticando o formalismo
E também o vanguardismo
Fez uma arte sadia.
A poesia social
Voltou a usar os versos
Com a linguagem mais simples
Do povo ficou bem perto
Realidade social
Foi o tema principal
Que causou o seu sucesso.
Ferreira Gullar foi destaque
Desse movimento belo
Também Affonso Romano
Junto a Thiago de Mello
Fizeram lindos poemas
No conteúdo e nos temas
Foi um tremendo sucesso.
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A arte contemporânea
Grande influência sofreu
Do então Tropicalismo
Na música que o antecedeu
Que propunha com respeito
Inclusão sem preconceito
Da cultura que perdeu.
Paulo Leminski e Cacaso
Chico Alvim e o Chacal
Construíram em 70
A poesia “marginal”
Que não tinha a impressão
Nem a distribuição
Pela editora local.
Todas suas poesias
Eram mimeografadas
Ou saíam em off-set
Por serem marginalizadas
Linguagem coloquial
Vida e poesia igual
Procuravam ser imitadas.
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Outros escritores trilham
Caminhos bem diferentes
Não se enquadram nas tendências
Citadas anteriormente
São eles: Adélia Prado
Também Manuel de Barros
Escritores competentes.
Há também Arnaldo Antunes
Compositor e escritor
José Paulo Paes que fez
Poesias de valor
Há o Fernando Paixão
Que escreveu com coração
Poesias com fervor.
Na prosa há um destaque
Para o romance urbano
Que usa como seus temas
A violência, o mundano
E as marginalidades
Feitas nas grandes cidades
Pelos homens desumanos.
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Como principais autores
Nós poderemos citar
Rubem Fonseca e seus contos
Que vieram pra ficar
Também Dalton Trevisan
Com sua obra pagã
Que vieram pra arrasar.
O romance-reportagem
Traz amor e emoção
São episódios verídicos
Com ironia e ação
Destacam-se José Louzeiro
E o escritor brasileiro
Ignácio Loyola Brandão.
As regiões brasileiras
Na prosa regionalista
São bastante expressadas
Pela arte dos artistas
Com a naturalidade
E as particularidades
Sociais, humanas, físicas.
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Bernardo Ellis e José
J. Veiga escreveram
Sobre a região central
Mostrando os seus segredos
Scliar que descreveu
A região sul que viveu
Com muito amor e sem medo.
A região norte foi
Por Márcio de Souza escrita
A Bahia sem segredo
Por Jorge Amado descrita
João Ubaldo Ribeiro
Escreveram os segredos
Da linguagem bahianista.
O romance psicológico
Possui um tom intimista
Centra-se no interior
Dos personagens do artista
Temas: afetividade
E a familiaridade
Do cotidiano em vista.
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Lygia Fagundes Telles
Merece muito destaque
Pois na prosa intimista
Escreveu a sua arte
Trabalhando os conflitos
Beirando o pessimismo
Ela escreveu com vontade.
Stanislaw Ponte Preta
E também o Otto Lara
Fernando Sabino e
Rubem Braga que arrasa
Foram os grandes cronistas
Dessas histórias realistas
Que encantam com a graça.
Também Paulo Mendes Campos
Outro dos nossos cronistas
Luís Fernando Veríssimo
Na crônica, foram artistas
Escreveram sem dilema
Estas histórias pequenas
Cotidianas e críticas.
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Nosso teatro moderno
Surgiu em 43
“Vestido de noiva” a peça
Que muito sucesso fez
Nelson Rodrigues o autor
Desse marco que encantou
Todo Brasil de uma vez.
Gianfrancesco Guarnieri
Com temática social
Plínio Marcos realismo
Crítico e universal
Chico Buarque escreveu
Jorge Andrade enriqueceu
O teatro nacional.
Dias Gomes fez as peças
De inspiração popular
Ariano Suassuna
Veio para alegrar
Com seu regionalismo
Folclore e criticismo
João Grilo pra encenar.