A LITERATURA BRASILEIRA EM CORDEL V: REALISMO E NATURALISMO

O REALISMO & O NATURALISMO

Realismo teve início

No ano mil e oitocentos

Oitenta e um foi a década

Desse acontecimento

A obra “Memórias Póstumas

De Brás Cubas” que vigora

Com grande merecimento.

Essa obra de Machado

De Assis foi publicada

Dando início ao Realismo

No Brasil daquela data

É uma obra perfeita

Que seu leitor se deleita

Com um defunto que fala.

No Brasil do Realismo

Encontra-se em decadência

A economia açucareira

É grave essa ocorrência

O tráfico negreiro acaba

A situação se agrava

O Brasil fica em carência.

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Com isso o eixo econômico

Para o Sul é deslocado

O pensamento liberal

É logo estimulado

O republicano conquista

Junto ao abolicionista

Um valor acentuado.

O país sofre influências

De duas grandes teorias

Que influenciaram a mente

De uma grande maioria

Comte e o Positivismo

Darwin, e o Evolucionismo

Foi grande a alardia.

Com tais idéias em voga

O pensamento foi mudado

Há um campo bem propício

Para o gênero literário

Surge então o Realismo

Se opondo ao Romantismo

Que se torna ultrapassado.

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Nossos realistas eram

Bastantes racionalistas

Anti-românticos e

Também anti-monarquistas

Priorizavam a razão

Desprezavam o coração

Pela arte realista.

Eram anti-clericais

Mas também objetivos

Enxergavam a Ciência

Como ponto positivo

Para encontrar solução

Pros problemas de relação

Do homem do Realismo.

O Machado de Assis

Nosso maior escritor

Da Academia de Letras

É o grande fundador

Escreveu vários romances

No tema, muito importantes

Foi um belo redator.

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Escreveu “A mão e a luva”

“Helena”, “Iaiá Garcia”

“As Memórias de Brás Cubas”

Obra com muita ironia

“Dom Casmurro” e “Quincas Borba”

Até hoje sua obra

É lida todos os dias.

Raul d´Ávila Pompéia

É o autor de “O Ateneu”

Seu livro mais importante

Onde ele descreveu

O relato do inferno

Vivido em colégio interno

Que quase lhe enlouqueceu.

Aluísio Azevedo

Foi ele quem deu início

Com a obra “O Mulato”

Ao nosso Naturalismo

Fez a “Casa de Pensão”

E com bastante razão

Compôs também “O Cortiço”.

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Junto com o Realismo

Caminha o Naturalismo

Que teve assim seu início

Com a publicação do livro

Chamado de “O Mulato”

Onde o autor faz relato

Do mundo real e ativo.

O Naturalista busca

Uma explicação científica

Pro comportamento humano

E também ele analisa

Atitudes e coragens

De todos seus personagens

É escritor e analista.

Seus personagens são vistos

De formas especiais

São tidos como produtos

De fatores sociais

Externos e biológicos

Que transformam o que é lógico

Em doenças parciais.

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O meio físico e a raça

E hereditariedade

Causam graves conseqüências

Dentro da sociedade

Analisa as indigências

Taras, vícios e doenças

E a personalidade.

Somado a isso, observa

O valor e a influência

Da natureza e do meio

Social e da família

Também da educação

Nos personagens em ação

Expostos naquela época.

No plano da poesia

Contra o nosso Romantismo

Surgiu uma nova escola

Chamada Parnasianismo

Que combateu co’a razão

As coisas do coração

Ou o sentimentalismo.

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O Parnasianismo fez

Uma arte objetiva

Direta e caprichada

Com bastante harmonia

Chamada “arte pela arte”

Que até hoje nos invade

Nos trazendo alegria.

Na arte parnasiana

É bela a versificação

A rima, a sonoridade

Trazendo muita emoção

Há também a assonância

Recurso que nos encanta

Como a aliteração.

A “tríade parnasiana”

Da poética brasileira

Foi o Raimundo Correia

E o Alberto de Oliveira

O grande Olavo Bilac

Que produziram com arte

Uma poesia ordeira.

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O grande Olavo Bilac

O príncipe dos poetas

Fez prosa e poesia

Crônicas, também novelas

Mas o seu maior segredo

Foi ser hábil no manejo

Do verso e também da métrica.

Raimundo Correia escreveu

Seus livros de poesias

“Primeiros Sonhos” um deles

“Aleluias”, “Sinfonias”

“Versos e Versões” outro livro

Escreveu “Lucindo filho”

Com bastante alegoria.

Alberto de Oliveira

Na arte parnasiana

Escreveu “Versos e Rimas”

E suas “Canções Românticas”,

“Meridionais” outro livro

Teve bastante prestígio

Fez poesia bacana.

Carlinhos Cordel
Enviado por Carlinhos Cordel em 01/05/2010
Reeditado em 29/10/2014
Código do texto: T2230828
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