O BEBÊ E OS EQUILIBRISTAS
O Bebê e os Equilibristas
(à minha sobrinha que está a caminho)
Virás ao mundo montada
numa nuvem de bonança,
pequenina e delicada,
como um sopro de esperança;
atravessarás a sala
como quem não se abala
no mistério do futuro,
falando “mamãe-papai”
com um andar cai-não-cai
inconstante e inseguro!
Sobre a pontinha dos pés
vais correr de mão em mão,
dum lado ao outro e ao revés,
quase caindo no chão,
ante os olhos orgulhosos
de parentes, quase idosos,
bobos com tuas conquistas;
mas ao crescer notarás
que no mundo onde estás
todos são equilibristas!
João Pessoa, 23/04/2010