CADÊ A MULHER QUE ROUBOU O TACHO?
Padre Julinho, grande sacerdote
Foi mui caridoso e de vários dotes
Muitos anos vividos a serviço do Senhor
Homem santo, pessoa doce e servidor
Nesta terra só fazia o bem
Sem se importar para quem
Sempre alegre e de bom humor
Assim falava de Nosso Senhor
Agradava as crianças com doces e balas
E o catecismo como amor as ensinava
Aos adultos sempre uma palavra dava
Consolo, esperança e o que precisava
O povo, a igreja sempre lotava
Com as missa que ele rezava
Dia comum, domingo ou de festa
Era novena, batizado ou quermesse
Os anos foram passando
Os cabelos branco ficando
Sua cabeça dantes tão boa
Começava a dar sinais da idade
Mas insistia o pobre vigário
Em completar o seu belo trabalho
Fico aqui até quando eu puder
E cabeça boa o Senhor me der
Por essas coisas próprias da vida
De tanta labuta veio a fadiga
Bastava encostar em qualquer lugar
Que vinha a soneca lhe incomodar
Certa dia ouvindo muita confissão
Cansado de tanto ouvir os pecados
Veio uma Dona lhe relatar os seus
Que a consciência estavam a incomodar
Ouviu-a de bom e paternal coração
Mas no meio da audição cochilou
A velha sem graça em acordar o Vigário
Saiu de fininho e o deixou solitário
Quando por ali passava um menino
Vendo que o padre estava dormindo
Chacoalhou-o de modo a acordá-lo
E o padre assustado soltou um esculacho:
CADÊ A MULHER QUE ROUBOU O TACHO?