Belezas e problemas
Quando os erros se sucedem
Tanta pompa não procede
Quando as leis não dão alento
Defasaram com o tempo
Quando há demanda demais
É que alguém não foi capaz
Porque a sociedade
Precisa celeridade
Pompa, porque nossos homens
Inebriados com o poder
Quase nunca eles segregam
Satisfação e dever
O certo é que a gente olhando
Tragédias e injustiças
O simples culpa o mais próximo
A natureza e a polícia
Como é que se admite
Anos e anos sem planos
Uma cidade gigante
Expandindo seus enganos
Com os comandos impotentes
A população carente
O crime onipresente
E os governos festejando
Não costumo ser o crítico
Das horas dos infortúnios
Pois já bastam os políticos
Que capitalizam túmulos
Pra mostrar o que se sabe
Só por serem opositores
Como não bastassem os fatos
Como não bastassem as dores
O Rio, cidade síntese
Do Brasil que tanto amamos
O que lhe afeta nos toca
Com quem sorrimos e choramos
Só queremos ter orgulho
Só queríamos o seu bem
Porque violência e entulhos
As outras cidades têm.