DESTINO PERNICIOSO
Que posso fazer agora,
triste está meu coração,
Porque você foi embora
levando toda a ilusão.
Era tudo que eu queria,
meu sonho, minha alegria,
meu amor, minha paixão.
Os desígnios do destino,
não raro, são perniciosos.
Criam pra nós desatinos,
invencíveis, maliciosos.
A minh’alma está dormente,
e todo o meu corpo sente,
seus castigos dolorosos.
Voltarei a procurar,
para onde você levou,
tudo que eu podia amar,
quase nada me deixou.
Se tem pouca serventia,
saberei com ousadia
viver com o que sobrou.
Marco Orsi
11.04.2010
(Este poema é um cordel
em septilha)