NÃO FUI EU QUEM FEZ O MUNDO,MAS AGÜENTO AS CONSEQÜÊNCIAS
Muitas vezes sem querer,
Tenho algumas sensações,
Me apego a perturbações,
Até causando desavenças,
Me demanda competência,
Para ser raso e profundo,
Não fui eu quem fez o mundo,
Mas agüento as conseqüências.
Chega de cumprir ditames,
Sem saber de onde vem,
Mesmo se a outro convém,
Não aceito intransigências,
Meu pedido de clemência,
Vai ser intenso e profundo,
Não fui eu quem fez o mundo,
Mas agüento as conseqüências.
Estas massas de manobra,
Que conduz ao povo pobre,
Sendo o serviçal dos nobres,
Numa severa inconsciência,
Buscando a sobrevivência,
Seu laboro é infecundo,
Não fui eu quem fez o mundo,
Mas agüento as conseqüências.
Os governos desprovidos,
Do caráter bem feitor,
Coduzem com desamor,
E se danam a nos roubar,
Denotando a negligencia,
De um comando vagabundo,
Não fui eu quem fez o mundo,
Mas agüento as conseqüências.
Vislumbrando algum apoio,
Buscamos nas religiões,
Pra não morrermos pagãos,
Queremos ser batizados,
Reforçando a nossa crença,
Neste mistério profundo,
Não fui eu quem fez o mundo,
Mas agüento as conseqüências.
As vezes fico descrente,
Mas reconheço minha falha,
São sentimentos de gente,
Questionando migalhas,
Nos fazemos de indigente,
Deste conhecer profundo,
Não fui eu quem fez o mundo,
Mas agüento as conseqüências,
CORDÉIS EM OITAVAS.