NÃO FUI EU QUEM FEZ O MUNDO,MAS AGÜENTO AS CONSEQÜÊNCIAS

Muitas vezes sem querer,

Tenho algumas sensações,

Me apego a perturbações,

Até causando desavenças,

Me demanda competência,

Para ser raso e profundo,

Não fui eu quem fez o mundo,

Mas agüento as conseqüências.

Chega de cumprir ditames,

Sem saber de onde vem,

Mesmo se a outro convém,

Não aceito intransigências,

Meu pedido de clemência,

Vai ser intenso e profundo,

Não fui eu quem fez o mundo,

Mas agüento as conseqüências.

Estas massas de manobra,

Que conduz ao povo pobre,

Sendo o serviçal dos nobres,

Numa severa inconsciência,

Buscando a sobrevivência,

Seu laboro é infecundo,

Não fui eu quem fez o mundo,

Mas agüento as conseqüências.

Os governos desprovidos,

Do caráter bem feitor,

Coduzem com desamor,

E se danam a nos roubar,

Denotando a negligencia,

De um comando vagabundo,

Não fui eu quem fez o mundo,

Mas agüento as conseqüências.

Vislumbrando algum apoio,

Buscamos nas religiões,

Pra não morrermos pagãos,

Queremos ser batizados,

Reforçando a nossa crença,

Neste mistério profundo,

Não fui eu quem fez o mundo,

Mas agüento as conseqüências.

As vezes fico descrente,

Mas reconheço minha falha,

São sentimentos de gente,

Questionando migalhas,

Nos fazemos de indigente,

Deste conhecer profundo,

Não fui eu quem fez o mundo,

Mas agüento as conseqüências,

CORDÉIS EM OITAVAS.

Miguel Jacó
Enviado por Miguel Jacó em 01/04/2010
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