Cuma pode um bilau cansado ingravidá u'a véia? AR/PG
MEU NOVO SUMIÇO
Muito tempo afastado
Do Recanto e dos amigos
Eu volto envergonhado
Pra falar dum ocorrido
Estive aprisionado
Trinta dias de castigo!
Com excesso de fofura
E conhecido por gostosão
Cometi uma loucura
Não aceitei provocação
De uma velha sem postura
Que arrancou o meu calção!
Com noventa anos, a "veinha"
Foi pegando no meu bilau
Dizendo: "Como é durinha,
Nunca tive nada igual",
Foi tirando sua calcinha
Sumindo com a cobra coral!
Em maio do ano passado
Esse caso aconteceu,
Em fevereiro fui avisado
Que a mulher enlouqueceu
Quadrigêmeos, o resultado
Que num exame apareceu!
Minha muié me abandonou
E hoje vivo deprimido
Pensão mesmo ninguém pagou
Pra cadeia fui conduzido
O que a velha me aprontou
Jamais será esquecido!
Agora, estou respondendo
O processo em liberdade
Também não estava sabendo
Da grande notoriedade
Que o caso tá recebendo
Por sua grande raridade!
O Fantástico me convidou
Pra dar uma entrevista
Muita grana me ofertou
Falando que sou artista
E a velhinha que engravidou
Virou capa de revista!
Eu odeio contar lorota
Só falo de fato real
No meu coração só brota
Uma alegria descomunal
Por você não duvidar,
Em mim sempre acreditar
E me achar muito legal.
26 de março de 2010 - 11:25
Pedrinho Goltara
(Airam Ribeiro)
Cuma pode um bilau cansado ingravidá u'a véia
Um bilau qui móia os pé
Quando vai fazê xixí
Ingravidá uma muié
Qui tu incrontô pur aí?
Tutá brincano cumigo!
Quê qui há meu amigo
Conta ôtra istória daí!
Tu some e dexa nóis cá
Cum u’a tamanha sodade
Niuma nutiça pra avizá
Se tava ô não na cidade
Inté virô istrupadô
Das veinhas qui orrô
Nun axa qui isso mardade?
Quadrigemo quem diria
Um pinto mole fazê!
E vem pra cá cás aligria
Pensano qui nóis vai crê
Cum as xuvarada pur aí
Fez foi ocê sumi
E nóis sem sabê do purquê.
Tu tava cum a dúvida crué
No carnavá camarada!
Num broco xêin de muié
De nome rola cansada
Daquele dia pra cá
Ocê dizapariceu do ar
Agora vem quéça piada?
É um cauzo mermo indoidado!
U’a véia já bem veinha
Pegá um bilau cansado
Qui na vida num feiz nadinha
Pois seu seuviço foi só mijá
As ôtras coiza feiz só oiá
A véia tava era ceguinha!
Mais meu amigo Pedrin
Eu te pesso num ismureça
Quem sabe inda pode vin
U’a moça qui te inlouquêça
Em u’a ôtra incarnação
Pur favô quirido irmão
Num vai perdê a cabeça!
Brincadêra a parte
Agora falo a verdade
Usando esta minha arte
Falo desta sôdade
Qui ocê fêiz aqui para mim
Pur favô amigo Pedrim
Num faiz mais esta mardade.
Ocê é o boto das minina
É o cumpadi de Airam Ribêro
Feiz sôdade as suas rima
Aqui prêcis povo intêro
Eu te gosto de montão
Tu móra no meu coração
Pode creditá cumpaiêro.