Proseando com as conjugações verbais
É madrugada
Seu Tião, do forró chegou
Na rede deitou e cochilou.
O galo cantou ele acordou
Olhou pela fresta da janela
Já era dia, levantou.
Irritado, o café coou
Com bolo de fubá, tomou
Galinhas e patos alimentou
Seus pertences pegou...
pra roça rumou
Serafina na cama continuou.
A passos lentos seguiu
Pensando na pirraça da Josefina
Parou na “birosca” da esquina
Uma pinga bebeu
Falou, xingou,
mas dela não esqueceu
Mais uma dose pra viagem pediu
Deu alguns passos, caiu
Com as pernas feridas, ali ficou
Uma fruta comeu
Um gole d'água tomou
Adormeceu
Acordou, tentou levantar
Sem conseguir firmar-se de pé
Socorro pediu,
Pôs-se a rezar
Eis que alguém apareceu
O ajudou pra casa voltar.
Ansioso pra chegar...
falava em voz alta...
ela vai me perdoar!
Próximo da chegada
Acelerou o passo, em vão
Casa vazia, apagada...
Foi dormir sem o perdão
Dia seguinte, saiu a indagar
Vocês sabem da Josefina?
Ninguém sabia informar!
Desesperado e arrependido
Chorou, xingou, tudo quebrou
Eis que surge um vizinho
E um bilhete o entregou
Quem escreveu foi um...
compadre seu e assim dizia:
"Levei a comadre comigo
Esse é teu castigo
Não te faças de rogado...
ou arrependido"
QUEM COM FERRO FERE, COM FERRO SERÁ FERIDO