LASTIMOSO DE ATURAR-SE

Se não quero para mim.

A ninguém vou desejar,

Nem compensa praguejar,

Uma alma semelhante,

Seria um péssimo rompante,

Lastimoso de aturar-se.

A isonomia da ética,

Prever homogeneidade,

Requer a capacidade,

De compreensão holística,

Só na ficção artística,

Tem mais flexibilidade.

No ceio das sociedades,

Acontecem o predomínio,

E a adoção do fascínio,

De altas lucratividades,

Causando disparidades,

E produzindo mendigos.

O mundo estremecido,

Beirando a linha do caos.

Humanos e animais,

Se aproximam no ser,

Havendo uma aposta,

O humano vai perder.

O bicho bruto é coeso,

Conhece a cidadania,

Cuida das periferias,

Ao invés de abandonar,

Revelam suas alegrias,

Sempre ao se encontrarem.

O homem finge amizade,

Tentando armar um golpe,

Se puder anda a galope,

Deixando o outro pra trás,

Cobiçando sempre mais,

Ainda que cause mortes.

Cordéis em sextilhas.

(Miguel Jacó)

Amigo tome sentido

Escute o que vou lhe dizer

Não dê trégua ao intrometido

Que procure o que fazer

O que não serve prá mim

Não serve para você.

Nessa conversa dê um fim

Não alimente um trelelê

Mande embora a incongruencia

Se vista de sua coerencia

Esbalde-se nos seus valores

Respeite os seus amores

Da vida prove os sabores.

Enviado por CONCEIÇÃO GOMES em 20/03/2010 02:12

Obrigado Conceição Gomes pela excelente interação.

Miguel Jacó
Enviado por Miguel Jacó em 19/03/2010
Reeditado em 20/03/2010
Código do texto: T2146783