FULÔ DO FLAMBOYANT!

Oh fulô do Flamboyant!

Enfim tu desabrochaste;

tão rubra, porém tão sã,

que o caos do dia acalmaste!

E quem passa nesta praça,

ao te ver, logo já sente

todo torpor que transpassa

do teu encarnado ardente!

Já tu (Oh linda fulô!),

nos olhares, perseguida;

acentuas tua cor,

de vergonha, enrubescida!

Mas, fulô do flamboyant,

não se ponha envergonhada

por ser a febre terça,

no outono, tão sonhada!

Pois logo o triste inverno,

teu vigor, irar ceifar

até que volte o outono

pra, de novo, de pintar!

E eu aqui sabendo disto,

com o coração na mão,

rogo-te e peço o visto

da tua compreensão!

Peço-te, sem hesitar,

linda flor do Flamboyant:

Deixe eu viver a te olhar

enquanto houver amanhã!

João Pessoa, 11/03/2010.