FIM DE FEIRA
O sol começa a se pôr,
diminui a barulheira,
um retira o cavalete,
outro enrola a esteira,
alguém muito animado
conta o seu apurado,
chegou o final da feira.
Começam então a guardar
toda a mercadoria:
feijão, milho e farinha,
bolo de milho em fatia,
pipoca e mungunzá,
milho assado e fubá,
jerimum e melancia.
Gibão, sela e cabresto;
lamparina a alguidar;
alpercata de rabicho
e ferro de engomar;
loção “fulo de amor”,
casca de pau, lambedor,
raiz pra tudo curar.
Carne de bode e de sol,
tripa de porco e miolo,
corda, rede de dormir;
mamadeira e consolo;
pente fino e marrafa;
anzol, rede e tarrafa;
cigarro e fumo de rolo.
Partem os compradores
em alegre caravana,
marcando o reencontro
para a próxima semana;
mas ocorre um imprevisto
com um sujeito benquisto
que se excedeu na cana.
O caçuá da jumenta
está cheio, abarrotado,
no entanto, o dono dela
cai no chão embriagado;
mais de uma vez ele tenta
montar-se nessa jumenta
mas cai sempre para o lado.
Na garupa de uma besta
é ele então conduzido,
pois cachaça e quinado
deixa o cabra sem sentido;
ele estrebucha e repete
que vai meter um bofete
e não é corno convencido.
Com uma colher de pau
alguém faz a raspadeira
no fundo do caldeirão
pra tomar a saideira;
o mercado então fechou,
pois o dia terminou,
já é noite, é fim de feira.
O sol começa a se pôr,
diminui a barulheira,
um retira o cavalete,
outro enrola a esteira,
alguém muito animado
conta o seu apurado,
chegou o final da feira.
Começam então a guardar
toda a mercadoria:
feijão, milho e farinha,
bolo de milho em fatia,
pipoca e mungunzá,
milho assado e fubá,
jerimum e melancia.
Gibão, sela e cabresto;
lamparina a alguidar;
alpercata de rabicho
e ferro de engomar;
loção “fulo de amor”,
casca de pau, lambedor,
raiz pra tudo curar.
Carne de bode e de sol,
tripa de porco e miolo,
corda, rede de dormir;
mamadeira e consolo;
pente fino e marrafa;
anzol, rede e tarrafa;
cigarro e fumo de rolo.
Partem os compradores
em alegre caravana,
marcando o reencontro
para a próxima semana;
mas ocorre um imprevisto
com um sujeito benquisto
que se excedeu na cana.
O caçuá da jumenta
está cheio, abarrotado,
no entanto, o dono dela
cai no chão embriagado;
mais de uma vez ele tenta
montar-se nessa jumenta
mas cai sempre para o lado.
Na garupa de uma besta
é ele então conduzido,
pois cachaça e quinado
deixa o cabra sem sentido;
ele estrebucha e repete
que vai meter um bofete
e não é corno convencido.
Com uma colher de pau
alguém faz a raspadeira
no fundo do caldeirão
pra tomar a saideira;
o mercado então fechou,
pois o dia terminou,
já é noite, é fim de feira.