A FOME E O SERTANEJO
Quando se fala de fome
Eu lembro do meu sertão
Onde a fome não tem nome
Mas maltrata o coração
Ao se ver as criancinhas
Com as pernas tão magrinhas
E os pés descalços,no chão.
A panela solitária
Lá em cima do fogão
A mandioca e os quiabos
Morreram com a plantação
O chiqueiro está vazio
Não corre água no rio
Só mágoa no coração.
O gado fica parado
No meio da vastidão
O seu olhar tão nublado
Parece estar em oração
Pedindo a Deus pela água
Que possa lavar a mágoa
Do homem, em seu coração.
Meu Deus, ó meu Pai do Céu
Vou te pedir um favor
Olha pra o sertanejo
Pois ele também tem amor
No seu peito bem guardado
Pra quem está ao seu lado
Ele dá, sem ser favor!
soninha
Um mimo do poeta MIGUEL JACÓ!
Me lembro com ternura,
Da minha longa jornada,
No sertão de Pernambuco,
Onde a chuva é demorada,
Hum trecho do ano era,
De uma vida agoniada,
Pela escassez de água.
Miguel Jacó.
Grata ao poeta pela bela interação.
bjs,soninha