PARA NOEL
Disse o poeta da Vila
Não querer choro nem vela
Apenas a fita amarela
Gravada com o nome dela
Quando da vida se for.
E lá se foi o poeta.
O violão está mudo.
Somente a flauta chorando
E as morenas em luto.
E deixou-nos como herança
Seu samba e muita saudade.
Permanece na lembrança
Do povo desta cidade.
Sem herdeiros e nem vintém.
Disse não tê-los, Noel.
Mas deixou-nos maior bem:
A sua Vila Isabel!