ACORDEI DE UM SONHO DEPRAVADO

Acordei de um sonho depravado,

Retratando os modelos do futuro,

O que estão chamando de escuro,

Adiante será tido como claro,

Haveremos de viver os dias raros,

Em que haja comunhão universal,

Ostentadas pelas praticas do mau,

As pessoas estarão irreconhecíveis,

As bondades serão quase invisíveis,

Perfazendo o desastre anunciado.

Mas agora que já estou acordado

Me atento as conjunturas atuais,

Foi assim com os meus ancestrais,

Projetando o momento que vivemos,

É um fato que estamos padecendo,

Da justiça desmedida sem valor,

Ao sucumbir a vida um trabalhador,

Acertado por uma bala perdida,

A esperança fica mais diminuída,

E a tristeza amplia seu reinado.

Deposito no amanhã impiedoso,

O dever de refazer a dinastia,

Devolvendo ao homem a alegria,

De pensar que é astuto e soberano,

Mesmo que isto seja um engano,

Alimentando a sua fé já limitada,

Ao descobrir que toda a jornada,

Foi guiada alheia ao seu querer,

Já está se preparando pra morrer,

E alegando desta vida esta cansado.

Martelo agalopado