Poluição visual> Autor: Mini cordel com oito estrofes em septilhas> Damião Metamorfose.
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Cada dia enxerga menos,
Quem é do campo ou cidade.
Uns por problemas na vista,
Outros por necessidade.
Mas a cegueira real,
É o progresso ilegal
E a tal da modernidade.
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O verde que era a metade,
Já não é nem dez por cento.
O céu que era azul,
Está sombrio e cinzento.
Serras cobertas por véus
E os prédios arranha-céus,
Rasgando os céus com cimento.
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Mais raro e pesado o vento,
Carregado em poluente.
Agride os olhos do mundo,
Vai cegando lentamente.
E as chaminés das usinas,
Com inseticida e resinas,
Deixa o planeta mais quente.
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Com o planeta mais doente,
Quase em fase terminal.
Secam nascentes e rios,
O mar aumentando o sal.
E a cada palmo de chão,
Erguem nova construção,
Sem eira, beira ou quintal.
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O homem é um animal,
Que para se educar.
Precisa de um professor,
Uma família e um lar.
Porém depois de formado,
Esquece e faz tudo errado,
De forma fútil e vulgar.
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Errar tentando acertar,
É duas vezes errado.
Do que adianta o saber...
Se o futuro é condenado.
Trocar vidas por dinheiro,
Conquistar o mundo inteiro,
Depois morrer sufocado?
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Tudo que aqui é plantado,
Um dia será colhido.
Quem só sabe ver seu lado,
É cego em mais de um sentido.
Plante o bem e colha o bem,
Quem tira de quem não tem,
É duas vezes falido.
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O mundo está exaurido,
Pequeno e enxerga mal.
Prédios, torres e antenas,
Cegueira quase total.
Ver pouco assim não é bom,
Limitado ponto com,
Poluição visual.
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Fim
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08/02/2010.