INSOLVÊNCIA.

Se nem conheço a mim,

Não vou me pronunciar,

Do que devia pensar,

Sobre a sua transparência,

Isto não é uma audiência,

To respondendo a pergunta,

Apenas trate da insolvência,

Das nossas vidas conjuntas.

As relações a principio,

Detém um maior calor,

Até se chama de amor,

As eminentes carências,

Mas estas foram banidas,

Julgadas inoportunas,

Apenas trate da insolvência

Das nossas vidas conjuntas.

Estais querendo alimentar,

Um corpo que não tem vida,

Fizestes tantas feridas,

Que ele veio a falência,

No meio da turbulência,

A natureza nos retruca,

Apenas trate da insolvência,

Das nossas vidas conjuntas.

Não lhe troco por alguém,

Ao menos neste momento,

E nem farei juramentos,

Para uma vida futura,

Cabe a mim as reticências,

Não admito censuras,

Apenas trate da insolvência,

Das nossas vidas conjuntas.

Não vou falar de justiça,

Por não ser um magistrado,

Nosso viver se entrelaça,

De um modo banalizado,

Retratando a decadência,

Mas isto já é outro assunto,

Apenas trate da insolvência,

Das nossas vidas conjuntas.

Cordéis em oitavas.

Miguel Jacó
Enviado por Miguel Jacó em 08/02/2010
Código do texto: T2075378