A expricação de Son Pedro

Por Airam Ribeiro 05/02/2010

Despois de vim do roçado

E do cavalo eu descê

Nun axêi nada ingraçado

O qui eu vi na TV

Eu quagi tivi um abálo

Quano vi qui Sum Pálo

Virô todo um Tietê.

É tanta xuvarada

Qui ta nesta cidade

Cum raio e truvuada

Tirano a tronquilidade

Son Pedo, Som Pedro meu!

O qui foi qui ascucedeu

Qualé a finalidade?

O qui o Sinhô qué mostrá

Cum tanta xuva ancim

Qui faiz desmoroná

Os mais umilde ranchin

O sinhô está contente?

Tenha pena desta gente

Isprica pra nóis meu santin!

E um clarão se alumiô

Na sala de minha tapéra

Valei-me nosso sinhô!

Nun tava sabeno o qui era

- Sou eu quirido irmão

Vim li ispricá a questão

Qui causa tanta miséra.

A era do gelo passô

O plástico agora é o tempo

Ele é o grande agressô

Qui suja a todo momento

Intão o mêi ambiente

Cum a sujêra ta duente

Cuma ta nun sufrimento!

Ocêis suja e nun ta veno

Pruquê corre pra o pogréço

E o pogréço... Vai iscreveno!

É um inimigo prevérço

Ele age no consumismo

Lis infiano num abismo

Dexano ocêis no begréço.

Das indústria sai fumaça

Qui vai se acumulano

É o veneno na taça

Qui ocêis tão fabricano

É o oxido de carbono

Qui vem percurá seu dono

Para ele ir tomano.

Ocêis vévi a fabricá

O lixo a cada momento

Ocêis suja sem pará

Sujá tornô seus passa tempo

Tai as inundação!

- Entendeu a questão

De como é o funcionamento?

Intão o mêi ambiente

Seimpresmente ta devorveno

O qui manda pra ele essa gente

Qui ela mermo nun ta veno

E in forma de inundação

Ela devorve tudo intão

Mais ele nun ta intendeno!

A santaiada pur aqui

Nun ta fazeno vingança

Ocêis qui tão tocano aí

É qui tem qui dançá a dança

As nuven mandano ta

O qui ocêis manda pra lá

E nun tão mandano bonança!

Antonci o clarão acabô

Eu desliguiei a tulevizão

Rezei para Nosso Sinhô

Tê mais de nóis cumpaxão

Mais inquanto o ômi num manjá

Qui tem qui pará de sujá

Vai vim muitia água pro xão.

Airam Ribeiro
Enviado por Airam Ribeiro em 05/02/2010
Reeditado em 05/02/2010
Código do texto: T2070621