EU NÃO SEI SE COMPRO UM BOTE
... OU SE EU APRENDO A NADAR!
 
A chuva que nunca pára
A enchente a inundar
A cidade desampara
Não pode mais amparar
A água transborda o pote
Até não mais suportar:
Eu não sei se compro um bote
Ou se eu aprendo a nadar.
 
Já rezei a todo Santo
Para essa chuva cessar.
Para matar o quebranto
Fui até no Saravá.
Apelei a Dom Quixote
P’ra ele vir me salvar:
Eu não sei se compro um bote
Ou se eu aprendo a nadar.
 
Perdi o rumo, o enfoque,
Do caminho a trilhar.
Os rios – no desemboque –
As ruas vêm alcançar.
Isto até parece um trote
Não dá para acreditar:
Eu não sei se compro um bote
Ou se eu aprendo a nadar.
 
Acho que vou para o Norte
Onde enchentes não há.
P’ra mudar a minha sorte
E a praia aproveitar.
Vou até comprar um lote
E meu rancho levantar:
Eu não sei se compro um bote
Ou se eu aprendo a nadar.
 
Em casa – o paulistano
Já não pode mais ficar
Água sobe pelo cano
Até o teto alcançar.
Põe dentro de um caixote
Tudo que pôde pegar:
Eu não sei se compro um bote
Ou se eu aprendo a nadar.
 
É barranco desabando
Toda hora – todo dia.
As casas, desmoronando,
O povo sem moradia.
O poder diz que é fricote
- Pobre só quer lamentar:
Eu não sei se compro um bote
Ou se eu aprendo a nadar.
 
O Prefeito da cidade
Diz que está “tudo legal”.
Ignora a realidade
- Tremendo cara de pau.
Assiste de camarote
Finge que vai trabalhar:
Eu não sei se compro um bote
Ou se eu aprendo a nadar.

 
  
 Diante de tal descaso
Eu só posso lamentar
O sofrimento tem prazo
Um dia vai terminar.
São Pedro deu no pinote
E a torneira a vazar:

Eu não sei se compro um bote
Ou se eu aprendo a nadar.





Cordel inspirado no belo poema de
Sonia Ortega
em minha homenagem:

GALOCHINHA CHAM X MILLA CHAN
(http://www.recantodasletras.com.br/infantil/2053450)
 
Soninha, amei tanto,mas tanto,
que até escrevi este modesto Cordel!
A coisa não tá brincadeira, amiga!
Veja algumas fotos!
Beijos
(Milla)


*AMIGOS VIERAM SALVAR-ME DAS ENCHENTES*

 

 



Ao ouvir a previsão,

raios e tempestade desabam no coração.

Previsão de insegurança,

que conserva na lembrança

A última destruição.

 

*Um carinho,Mila*

 

(Salete)




 

Na altura do campeonato...

o melhor é ter o bote

e aprender a nadar,

pois “se a canoa vira,”

a nado você chega lá...

 

*Grande abraço*

(Felipe F Falcão)



 

 

A amiga Milla Pereira

Tem razão em reclamar

É chuva a semana inteira

Está tudo a inundar

Mesmo sendo um bó-tinho

Não vejo um jeitinho

Da Millinha eu ajudar!

 

 

O Tietê vem com sujeira

É lama que não acaba mais

Ele é tratado como lixeira

Por alguns seres racionais

E nas margens do outro rio

Um amigo meu até viu

Estrume de certos animais.

 

Mas,a chuva tá pesada

Em quase todo Sudeste

Qualquer dia teremos pancada

Até mesmo lá no Agreste

O clima tá mesmo mudado

Por aqui já ando pelado

Êta calor brabo da peste!

 

*Beijos, amiga Milla**

 

 

(Pedrinho Goltara)


 




Eu vou é voltar pra roça,
Faz tempo que não vou lá...
Nao ha seca, não quem possa,
Cuidar da terra pra plantar...
Mas a chuva agora é nossa,
Só precisa trocar de lugar...
Se São Pedro vir a palhoça,
Que eu fiz pra o convidar,
A vida aqui será gostosa,
Ninguém vai ter que nadar...

 
(Jacó Filho)
 
 



As ruas vão se alagando,
E os moradores em pânico,
Estraga tudo que é coisa,
De tecido a eletrônicos,
Coisa assim eu não suporto,
E tive que me mudar,
Eu não seu se compro um bote,
Ou se aprendo a nadar.
 
(Miguel Jacó)





Tanta chuva nunca vi
Está tudo a naufragá
Vou deixá isto daqui
Pro sertão quero vortá!

(Teca)


 
EU NÃO SEI SE PAGO IPTU
...OU SE PAGO IPVA


Menina mai quanta chuva,
tô ficandu imbolorada;
é o caos, arguem mi ajuda;
Essa chuva tá danada;
Todo ano si repéti
a mesma cumpricadura;
A gente paga us imposto
e as inchente cuntinua;
EU NÃO SEI SE PAGO IPTU
OU SE PAGO IPVA. 
 
Dizem que isso acontece,
por farta di inducação;
Que o povo joga lixo,
pur todas as direção;
E constrói as suas casa,
nus lugá ondi era mata,
i intão as chuva vêm,
i invade as nossas casa.
EU NAÕ SEI SE PAGO IPTU
OU SE PAGO IPVA. 

 
I us nosso governante,
pra piorá a situação;
ao invés di cunstruí,
GALERIA di montão,
para as água qui caí,
pur elas si esvasiá;
Essas besta ao invés disso,
curpa os RIO desses lugá.
Os RIOS num tem curpa di nada,
elis são da Criação;
elis só transbórda as água,
pur farta di planejação;
Si tivéssi as GALERIA,
para as água iscoá,
elas não ia pros RIOS,
e elis não ia alagá.
EU NÃO SEI SE PAGO
IPTU OU SE PAGO IPVA. 
 
(Mira Ira)


 
 
Não é água de março.
É principio de dezembro.
Por que temer ás águas,
Na ribanceira do terreno?
 
No quarto pintado de azul.
O improvisado sossego.
Logo seria ruína.
A referencia do medo.
 
Os olhos negam-se ver.
O concebido infortúnio.
Os três filhos soterrados.
Estranho barulho mudo.
 
A dor sufocou no peito.
Uma esperança sem razão.
A felicidade morrera.
Seus filhos jazem no chão
 
São agora estatísticas.
Da cruel destruição.
A enchente acumula.
Dor do pobre cidadão.
 
Muitos projetos aprovados.
Pra despoluir o Tietê.
Sai governo entra governo.
Mas as obras ninguém vê.
 
Os cavaleiros do governo.
Atropelam os cidadãos.
Só protegem os manda-chuva.
No país da corrupção.
 
As cuecas e as meias.
Desta bela nação.
Estão nas patas dos cavalos.
Que comandam a nação.
 
(nuvembranca)

 
 
 
 
 
Maninha, us homi fala
De ajudá o Haiti
Mais há disgraça im escala
No nosso Haiti daqui.
Antis di pensá no estranho
Pense aqui na nossa gente
Miséria num tem tamanho
Num leva imbora as inchente.
 
Também o povo é teimoso
I distrói a natureza
Ispalha um lixu feioso
Num sabi o qui é limpeza.
Tudu fica distruídu
Pur ondi o homi passa
Depois vira um alaridu
Quano a disgraça passa.
 
Ocêis tem qui adiscubri
Ondi Noé a Arca feiz
Pois si San Paulu sumi
Ainda sarva oceis.
Mais num sarvi o prefeitu
E nem u guvernadô
Purqui eles tem direitu
Di si afogá nos cocô.
 
Aliás já tá chegano
As camapanha eleitora
I o povo inda barganha
Vendi voto nus currá.
Mais é a veiz de dá o trôco
Pra pulíticu safadu
Nas fuça delis dá um sôco
I dexa as urna di ladu.
 
Ah si u povo quisessi
Di suas cidadi cuida
A natureza agradeci
Inchenti ia acabá.
 
Maninha tomara qui
ocê ainda tenha tempo
e lugá pra ponhá minhas palavra.
Beijos, Bom sábado! Ulli
 
(Hull de La Fuente)


 
 
É o jeito você comprar um bote
Ou então aprenda logo a nadar.

 
 
Querida Milla Pereira
Santo nenhum vai dar jeito
E nem também seu prefeito
Falo-te sem brincadeira
Só lama onde era poeira
É o que o homem foi plantar
Sem do futuro se preocupar
Agora assiste de camarote,
É o jeito você comprar um bote
Ou então aprenda logo a nadar.
 
Há muito tempo estão avisando
Que o plástico vai nos arrasar
As sacolas ou o pet do guaraná
Que pelas ruas vamos encontrando
Eles os bueiros vão tampando
Que as águas não têm por onde passar
As ruas então começam a inundar
Que vemos até peixe dando pinote,
É o jeito você comprar um bote
Ou então aprenda logo a nadar.
 
Aí estão vocês na capital
Sofrendo com tanta inundação
Vão perdendo móveis, colchão,
Também aqui na zona rural
As queimadas no matagal
Estão os matos a queimar
Então em vez de rastejar
As cobras estão é dando pinote,
É o jeito você comprar um bote
Ou então aprenda logo a nadar.
 
Também com tanta destruição
Que o homem está a fazer
Todos nós vamos sofrer
Ou com água ou com sequidão
Enquanto a poluição
Os países não quiserem controlar
A coisa só tem de piorar
E cada um que cuida do seu cangote,
É o jeito você comprar um bote
Ou então aprenda logo a nadar.
 
Estão sofrendo os paulistanos
Com tantos barracos desabando
Causando mortes e danos
Deixando o pobre sem moradia
Que perde até sua alegria
Em ficar sem ter onde morar
Pois as chuvas vão continuar
Para encher todos os potes,
É o jeito você comprar um bote
Ou então aprenda logo a nadar.
 
Estamos colhendo podes crer
Este é o caso, infelizmente!
E não adianta porque a gente
Tem a obrigação de colher
Às vezes na colheita vem o sofrer
Pois muitos não souberam plantar
Não estou aqui para enganar
Pois é a verdade e não um trote,
É o jeito você comprar um bote
Ou então aprenda logo a nadar.
 
Eu queria dizer ao contrário
Pra dizer que tudo tão indo bem
Não vou bajular ninguém
Porque eu não sou um otário
Mas olhando o calendário
Vejo que a lua cheia não da moleza
Outras chuvas virão com certeza
Não queira assistir de camarote,
É o jeito você comprar um bote
Ou então aprenda logo a nadar.
 
(Airam Ribeiro)
 


 
Chuva que cai sem parar
todo dia, toda hora,
não há meios de ir-se embora,
só faz todo mundo chorar.
Senhor, Deus do Universo,
elevo as mão e Te peço:
tem compaixão dos teus filhos,
que sei andam fora dos trilhos,
se arrependem, recaem,
em lágrimas, em vão, se esvaem,
tentando se emendar.
Faz parar a chuva ingrata,
que fere machuca, maltrata,
e deixa desgraças no ar.
Estou aqui de joelhos,
os olhos bastante vermelhos,
implorando Tua graça.
Confio, acredito, espero,
que a chuva se vá, se desfaça,
que dela nem reste fumaça...
É o que preciso e mais quero.
Deixo,pois o meu pedido,
pecador arrependido.
Em meu coração Te venero.
 
Uma oraçãozinha nunca é demais,
quem sabe funciona. Abrçs
 
(HLuna)
 
 

O negócio tá feio mesmo
até ficamos tristes ao comentar
como não sei nadar, tenho medo
que o bote possa furar
vou comprar um sub-marino
e morar no fundo do mar.
**Beijosdemel**
 
(favodemel)


 


Não é só culpa do prefeito
já que o povo não tem respeito
é tanto lixo sem não ter onde vazar
quem é que vai contestar?
Cada que um que faça a sua
porque senão o melhor lugar para morar
só vai ser é lá na lua.
 
**Beijos Milla,isso aqui tá genial querida**

 
(Cássia Da Rovare)

 


 
Deus me livre tanta chuva
Desse jeito não vai dar
O folgado da prefeitura
Foi ao Caribe pra se secar...
 
**rsrsrssrs...bjs**
 
(Meire Gonçalves)


ESTA CIRANDA BOMBOU
O RECANTO RECLAMOU
NÃO COUBE MAIS NADA AQUI
ENCERREI LOGO ALI!
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