Em uma bela manhã
E debruço sobre a janela,
Em uma dessas manhãs,
Que a noite deixou pura
E prateada a cor da lua,
Na relva orvalhada!
Arranhões que tecem,
Nos galhos filetes dourados,
Entrelaçados e arranjados!
Por uma pequenina aranha,
Destinada ao tear.
O perfume da flor campal,
Mistura-se ao vento,
Que tiro-teia para o ar!
Aos ninhos que despertam
Beija-flores e sábias.
E o sol lança da vermelhidão,
Raios flamejantes sobre a terra,
Que antes dormira toda cinza,
Sob a manta estrelada,
Que se foi com a madrugada.
No horizonte o verde acena,
Com as serras e chapadas...
Um caminho as penetra,
Com flores em cores variadas;
Lembrando-se bem, o arco-íris!
E debruço sobre a janela,
Em uma dessas manhãs,
Sou um mudo, espectador!
Dominado, enfeitiçado...
Com as proezas do criador.
...........” Catarino Salvador “.