LAJES DO CABUGI
Vou falar das belezas
Do Rio Grande do Norte
Em todo lugar
Cada um Tem o seu forte
Lajes é aqui
Não na América do Norte
Lajes é um lugar
De extrema beleza
Pois ele vive cercado
Das bênçãos da natureza
E o Pico do Cabugi
É a sua maior riqueza
Bem pertinho de Lajes
Lá no céu no horizonte
A natureza moldou
O Cume agudo de monte
O mais belo quadro
Olhe pro céu e aponte
Como todo município
Lajes têm sua história
Que é feita de lutas
As marcas da sua glória
E a cultura do povo
Retrata sua memória
Fica estrategicamente
Situada no sertão
E sendo habitada
Pelo povo cristão
Tem como padroeira
A Senhora Conceição
Que abençoa a todos
Que vivem na região
Distribuindo as graças
Não fazendo divisão
Também aos que visitam
Dando a todos a unção
Por estar situada
Nos caminhos do sertão
Era ponto de encontro
Não havia aflição
Um lugar pro descanso
Nessa tórrida imensidão
Descanso pros boiadeiros
Com a manada em aboio
Pra completar a carga
Nesse ponto de apoio
A procura de negócios
Apeava-se o comboio
E assim foi se formando
Esse belo povoado
Que começou pequeno
E hoje é muito habitado
Lembrando do passado
Hoje está pouco mudado
Ainda existem as casas
Representações de vida
Aqui nesse lugar
De gente que vive esquecida
E só em tempo de eleição
A cidade é guarnecida
Ouvi uma notícia
Que me causou desencanto
Soube que a educação
Está parada num canto
Está sem investimento
Morrendo de desencanto
Ficou em ultimo lugar
Não estou compreendendo
Mesmo indo à escola
Não está se aprendendo
A ação dos governantes
Não está surpreendendo
Se o aluno não aprende
Vamos desatar o nó
Encontrar o problema
Não deixar o aluno só
A educação tem um déficit
Seja em Lajes ou Bodó
Pedro Gomes de Melo
Foi o primeiro habitante
Era dono de fazenda
Num passado não distante
Por volta de 1825
É um fato importante
Um clima semi-árido
Tem em sua Geografia
Debaixo do calor do sol
Que sempre irradia
Traz o calor do povo
Que a todos contagia
Sei da localização
Eu não sou nem um menino
Ao norte com Jandaíra
E com Pedro Avelino
Também Pedra Preta
Oriento teu destino
Vou dizer ao sul
Qual o limite que é
Agora preste atenção
Cerro Corá, São Tomé
Tu podes pegar um transporte
Ou então seguir a pé
N a direção do Leste
Fiquem logo bem atentos
Indo em carros de bois
Ou em lombos de jumentos
Tem Pedra Preta
E Caiçara do Rio dos ventos
Jardim de Angicos
Para a para dar amarração
Trago tudo na memória
Como na palma de minha mão
E agora do Oeste
Vou dar a limitação
Lajes fica a oeste situada
Em localização majestosa
Junto a Pedro Avelino
E Fernando Pedrosa
Esses versos se combinam
Mas parece mote e glosa
Vou realçar a beleza
Do que ainda não falei
Da simplicidade do povo
Muito humilde eu já sei
Que vive das promessas
Dos nossos homens da Lei
Quero aqui deixar
Em meu depoimento
Um abraço pra esse povo
Que agüenta sofrimento
Das forças da natureza
E dos homens do parlamento