Revivendo Não Pensei
Sítio Guariba no Engenho Não Pensei, Amaragi, fevereiro de 2004.
Fiz uma visita ao sítio onde fui criado em fevereiro de 2004. Este fato serviu de inspiração para fazer alguns versos falando da nossa minha infância. Na época que Moua virou "tição" era véspera de Santo Antonio, nós secávamos a pólvora para festejo junino, no forno da casa de farinha, foi ai que Maizé, minha sobrinha, entrou na história.
Sai desse lugar em 1962.
Revivendo Não Pensei
Com todas aquelas terras
Lá no sítio Guariba
Aonde o bode berra
Pouco vi do que deixei
Nas cercanias da serra
Ainda vi a Pinguela
Com ameaça da correnteza
Mais pra ir do que ficar
Sem poder fazer defesa
Nas águas do nobre rio
Não me arrisquei na defesa
O arruado dos cassacos
É uma sombra do passado
Mesmo assim vimos a pedra
Donde nós todos sentados
Pescávamos, quando ouvíamos,
O tibungo mal-assombrado
Lá no rio dos cavalos
Ainda tem o Pé de Ingá
Embora não tenha mais
O famoso Pé de Cajá
Nem tampouco o capoeirão
Onde plantávamos Cará
Avistei o Pé de Azeitona
Rodeado de lavoura
Do lado de lá do rio
Mamãe dava banho em Loura
Papai lavava as pernas
Sem molhar as ceroulas
Lembro a casa de farinha
Que recordando a lição
Maizé com seus treze anos,
Brincando com o candeeiro
Deu-lhe uma castanheta
E Moua virou tição.
Não vi o Pé de Dendê
Onde Moua fez sofrer
Tia Sabida vigiando
A casa nova a fazer
Ela não teve medo
Porém Moua botou a correr
Se não fosse o rio cheio
Eu tinha visto de perto
Milho e feijão de corda
Muita roça a descoberto
Produto da evolução
Dos sem terra e dos sem teto
O céu do Guariba é bom
Para se avistar gaviões
Também as Malhas do Sul
As duas galáxias Irmãs,
Era assim que Mamãe chamava
As Nuvens de Magalhães
Sítio Guariba no Engenho Não Pensei, Amaragi, fevereiro de 2004.
Fiz uma visita ao sítio onde fui criado em fevereiro de 2004. Este fato serviu de inspiração para fazer alguns versos falando da nossa minha infância. Na época que Moua virou "tição" era véspera de Santo Antonio, nós secávamos a pólvora para festejo junino, no forno da casa de farinha, foi ai que Maizé, minha sobrinha, entrou na história.
Sai desse lugar em 1962.
Revivendo Não Pensei
Com todas aquelas terras
Lá no sítio Guariba
Aonde o bode berra
Pouco vi do que deixei
Nas cercanias da serra
Ainda vi a Pinguela
Com ameaça da correnteza
Mais pra ir do que ficar
Sem poder fazer defesa
Nas águas do nobre rio
Não me arrisquei na defesa
O arruado dos cassacos
É uma sombra do passado
Mesmo assim vimos a pedra
Donde nós todos sentados
Pescávamos, quando ouvíamos,
O tibungo mal-assombrado
Lá no rio dos cavalos
Ainda tem o Pé de Ingá
Embora não tenha mais
O famoso Pé de Cajá
Nem tampouco o capoeirão
Onde plantávamos Cará
Avistei o Pé de Azeitona
Rodeado de lavoura
Do lado de lá do rio
Mamãe dava banho em Loura
Papai lavava as pernas
Sem molhar as ceroulas
Lembro a casa de farinha
Que recordando a lição
Maizé com seus treze anos,
Brincando com o candeeiro
Deu-lhe uma castanheta
E Moua virou tição.
Não vi o Pé de Dendê
Onde Moua fez sofrer
Tia Sabida vigiando
A casa nova a fazer
Ela não teve medo
Porém Moua botou a correr
Se não fosse o rio cheio
Eu tinha visto de perto
Milho e feijão de corda
Muita roça a descoberto
Produto da evolução
Dos sem terra e dos sem teto
O céu do Guariba é bom
Para se avistar gaviões
Também as Malhas do Sul
As duas galáxias Irmãs,
Era assim que Mamãe chamava
As Nuvens de Magalhães