NEWTON NAVARRO: O HORIZONTE EM TELAS

Tudo o que eu admiro

Encanta-me e eu narro

Vou falar desse artista

Que foi Newton Navarro

Imortalizado na Ponte

Que não foi feita de barro

Poeta bem Nascido

Em Natal, no Grande Ponto

Na Avenida Rio Branco

Pra você agora eu conto

Foi um artista completo

Eu não te desaponto

Desde que era criança

Já se podia notar

Os irmãos com velocípedes

E ele o chão a riscar

As impressões de sua arte

Que iria desabrochar

Elpídio Soares Bilro

Foi seu incentivador

Além de ser seu pai

Também era escultor

Seja em ferro ou madeira

Ele era criador

Sua mãe pela arte

Também tinha admiração

Professora primária

Era a sua profissão

A arte é companheira

De quem faz educação

A arte de Navarro

Poucos sabem de onde vinha

Desde a sua infância

Visitava a Redinha

Onde passava as férias

Brincava de manhãzinha

Newton ficava quieto

Sempre a observar

O belo da natureza

Que ele iria pintar

Achou tudo perfeito

E quis logo registrar

Porém Newton Navarro

Pintava fazendo cortes

Seus traços bem marcantes

Suas cores eram fortes

Eram quadros muito belos

Da natureza recortes

Newton era um artista

Com grande capacidade

Trilhou muitos caminhos

Da arte com liberdade

E por meio da pintura

Representou a realidade

Como todo artista

Newton tinha seu diferencial

Via no ser nordestino

Algo fenomenal

Era um ser vitorioso

Um lutador sem igual

Nas telas de Navarro

Tinha algo marcante

Pintava sempre o Sol

Amarelo, forte, brilhante

A brilhar na pele do povo

Com seu calor escaldante

O sol representava a vida

Do nordestino radiante

Que não foge do trabalho

Que não acha entediante

Ir à busca do sustento

Por isso é um ser marcante

Pintava os lugarejos

Da cidade de onde vinha

Pintava os gatos na rua

Casa, prédio, igrejinha

Tudo foi captado

Em seu traço e linha

Navarro em outros lugares

Não achou inspiração

Somente a cidade Natal

Inspirou seu coração

Olhando as jangadas no mar

Ouvindo do vento, a canção

Os quadros de Navarro

Nos causam encantamento

Sobressaltam nosso olhar

Com tanto desprendimento

De fazer representar

Vida,arte, movimento.

Sem perceber com Pedrinho

Navarro fez um elo

Amava o Rio Potengi

Um visual muito belo

De um quadro da Natureza

Estabeleceram paralelo

Ele era apaixonado

Por sua cidade Natal

Pintava ruas e becos

Pescador, mulher, animal,

Ele era muito simples

Não queria ser o tal

A cultura popular

Em suas telas retratou

Desde as danças populares

O futebol também pintou

Sua obra é vasta

E é belo o que criou

Quando a arte surge

Dentro de nós é assim

Navarro usava aquarelas

Tinta guache, nanquim

A memória visual

Despertava-se enfim

O Talento de Navarro

Ninguém pode apagar

Se retirarem as cores

Muita arte vai restar

Não vai ter diferença

O grafismo vai durar