TRISTÃO E ISOLDA: MEMÓRIAS DE UMA ARDENTE PAIXÃO

A disputa pelo poder

Gera em todos a ambição

Guerra por todos os lados

De irmão contra irmão

O amor fez uma ponte

Entre Isolda e Tristão

Vou falar da história

Dos nossos ancestrais

Que travaram batalhas

Nas eras medievais

A paixão e a espada

Eram armas letais

Os clãs da Inglaterra

Lutavam pelo poder

Se o império romano caíra

Outro tinha que se erguer

Muitos jovens sofriam

Ao ver o seu pai morrer

Existia um menino

Que foi chamado Tristão

Era ainda bem franzino

Sendo filho de Aragão

Depois da morte dos pais

Enfrentou um batalhão

Antes de fazer guerra

O sofrimento vem primeiro

E Tristão se transformou

Num brilhante guerreiro

O seu tio o adotou

Lorde Marke o pioneiro

Lorde Marke tinha um filho

Achou estar bem criado

Não sabia que ele era

Bem descompensado

Com inveja de Tristão

E Vivia enciumado

Tristão tentou então

Esse ódio desconstruir

Para ver a autoestima

Se elevar ou subir

Mas Mellot guardou rancor

Depois veio a sucumbir

O amor é como um vírus

Que se espalha pelo ar

Tem gente que é imune

Não deixa o amor aportar

Tem gente que é passível

Pra o vírus do amor adentrar

Foi o que aconteceu

Com Isolda e Tristão

O amor deu uma flechada

Atingiu o coração

Os dois pegaram fogo

Explodiram de paixão

Eles não se conheciam

Ela foi lhe socorrer

Isso foi suficiente

Pra paixão acontecer

Trocaram juras de amor

Até o anoitecer

As coisas do destino

Ninguém pode prever

Isolda disse a Tristão

Não posso lhe pertencer

Já sou noiva de outro

Você tem que me esquecer

O mundo dá muitas voltas

Isso eu posso lhe afirmar

Sem conhecer o noivo

Tristão veio a matar

Numa dessas batalhas

Que ele costumava travar

Isolda disse a Tristão

Que esse amor era impossível

Porque os dois sofreriam

Uma pressão terrível

Encontre então um amor

Que seja do seu nível

Então se despediram

Com muita lamentação

Com tanta dor no peito

Latente de paixão

Uma saudade tão forte

De cortar o coração

Isolda manteve

O seu nome em segredo

Dizia ter outro nome

O que mudaria o enredo

Nas páginas da vida

Teve angústia, sentiu medo

A História de Isolda

Foi tecida com drama

Oferecida como prêmio

Numa ardilosa trama

Os clãs a disputavam

Unificavam na cama

Tristão bem inocente

Do torneio participou

Em que disputava Isolda

O troféu ele ganhou

O amor da princesa

Para o tio que o criou

Quando se deram conta

Do que tinha acontecido

Não resistiram à paixão

Viveram o proibido

Traiu o tio que amava

Que tinha o escolhido

A paixão é como um fogo

Que vive a nos queimar

Perdemos a razão

Só pensando em amar

Mas tudo foi descoberto

Num flagrante ao luar

Isolda o coração do Rei

Já havia conquistado

O rei antes solitário

Já estava apaixonado

E o coração do rei

Ficou despedaçado

O rei pensou direitinho

Quando o sangue esfriou

Num gesto de nobreza

Ele então os perdoou

Devolveu a liberdade

Mas Tristão não aceitou

Mandou Isolda embora

E se dispôs a lutar

Pois esse amor poderia

Os reinos separar

Começou então a guerra

Pra tudo se afirmar

Afirmar que o amor

Sobrepõe-se a razão

O rei ficou feliz

Com o apoio de Tristão

Mas Tristão foi ferido

Abaixo do coração

Isolda sabendo disso

Começou logo a chorar

Ficou perto de Tristão

Começou a relembrar

Dos momentos felizes

Que nunca irão voltar