O amor que eu plantei> Autor: Damião Metamorfose.
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O amor que eu plantei,
Mesmo sendo a longo prazo.
Não é um amor qualquer,
Nem é amor por acaso.
Um dia em algum lugar,
Eu sei que ele vai vingar,
Em solo profundo ou raso.
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Não é ouro nem é quartzo,
Nem contem nenhum cifrão.
Por não ser material,
Também não tem ambição.
Pode até ser aprendiz,
Por ter vindo da raiz,
Do fundo do coração.
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Não é amor de irmão,
De amigo ou parente.
Não sei nem dizer qual é,
Calculando friamente.
Mas posso lhe assegurar,
Que esse amor é singular
E têm mais de um pretendente.
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Esse amor é a semente,
Que eu colhi no deserto.
Nos tempos que eu vagava,
Sem ter endereço certo.
Amor que sempre busquei,
Mas no dia que encontrei,
Eu fiquei boquiaberto.
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Não foi por ser mais esperto
Ou menos, que o encontrei.
Nem por ser obstinado,
Pois o porquê eu nem sei.
Eu só sei que esse amor,
Faz-me dar real valor,
Com ele eu me sinto um rei.
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O amor que eu procurei,
Talvez no lugar errado.
Nunca me deixou sozinho,
Mesmo estando abandonado.
E quando eu me ausentava,
Ele ao longe me sondava,
Sempre esteve do meu lado.
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Quanto pranto derramado,
Pedidos sem assistência.
Tempo perdido aguardando,
Meu Deus! Quanta paciência.
E hoje aqui frente a frente,
Agradeço e sou clemente,
Por me curar da demência.
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Maior que a própria existência,
É esse amor que eu tenho.
É carne, é mente e é alma...
E por tudo isso eu venho.
Usar meu dom e dizer,
Que é para o mundo saber,
Que desse amor não desdenho.
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Por ele eu terei empenho,
Carinho e dedicação.
Vou ser paterno e materno,
Amigo, amante e irmão.
Pra conseguir esse feito,
Se preciso, abro o meu peito
E doou o meu coração.
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Fim
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14/01/2010.