CARTA NÃO POSTADA (Dueto Adalberto Lima X Maria Milarder)
Corri para ler tua carta
Achando que fosse pra mim
Pois quem cultiva uma rosa
Num cantinho do jardim
Vai sempre à cata de flores
Flores que brotam assim:
Extemporâneas, amenas,
Suaves e sem espinhos
Exalam como se fossem
Únicas, e, ... enfim
A realidade crua
Se esconde e se revela
Quem é esta meialua?
Eu quero a amizade dela
“Na simplicidade de teus versos
Há tanta profundidade
Quero te dar... não uma carta
Mas um poema assim... de verdade!
Feito sem eira nem beira
Ao gosto do coração
Um poema que digito
Ao sabor de uma canção...
Se tem arte, rima ou cor
Que me importa? Pois só quero
Te dar também uma flor
Vou deixar de lero-lero... E dar-te:
Flores silvestres num ramalhete perfeito
Que tua rosa sairia do canto de teu jardim
E comporia sorrindo com meu arranjo suave
Um cenário de beleza feito pra ti e pra mim!”
NOTA:
Se existe amigo invisível, a Mila é uma amiga invisível, embora eu a veja, nalguma foto, principalmente o pé... ela gosta de mostrar seu pezinho de unhas pintadas: sempre de vermelho... tem preferência por esta cor. Ela publicou Meialua na Net. Corri para ler, achando que fosse uma alusão a minha Meia Lua. Não era... Comentei o texto dando forma de cordel ao comentário e ainda lhe passei um e-mail. Sua resposta resultou neste dueto. Amo a Mila como se fôssemos irmãos e vivemos essa felicidade clandestina de não nos conhecermos pessoalmente. Preferimos assim...