O CASAMENTO
Rosa, você ta apaixonada,
Pelo homem que não é seu noivo,
Deixe esse cara pra lá
Ele nunca vai te completar.
Cuta nunca mudou
E você também não
Vocês dois nasceu
Com os pés na terra desse chão.
Vai em frente...
Com esse compromisso na cacunda
Não fazendo do casório
Tormenta e barafunda.
A menina Rosa
Tava empacada,
Não adiantou conselho,
Foi tudo pra estrada.
Rosa para um lado,
Cuta, noivado desmanchado,
Rosa devolve tudo que era seu,
Cuta; fingirei que ela morreu.
Rosa ficou solta,
Para outro amor se escambou,
Dizendo ser verdadeiro
Renovação por inteiro.
Cinco meses depois
Cerimônia marcada,
Na casa do Pastor,
Casamento tão esperado.
Dois dias antes do enlace
Cuta, foi procurar Rosa,
Ameaçando-a bem firme,
Não vou perde-la, deixe de prosa.
Se continuar com essa farsa
Te matarei, bem frente ao altar.
Pois a minha vida
Nunca deixou de te amar.
No dia do casamento
Cuta estava lá,
Com as mãos fazendo gestos,
Se dissesse “sim” ele iria atirar.
A cerimônia iniciou,
Perguntou logo o Pastor,
Você meu irmão,
Aceita Rosa de coração.
Promete ser generoso,
Fiel, Paciente,
Marido bom e obediente,
Respeitador e amoroso.
Rosa, querida irmã,
Quer receber esse ancião,
Jovem de garra e mansidão,
Para sempre viver em oração.
Vão lembrar sempre
O tempo de namoro e noivado,
E nunca vocês...
Vão viver separado.
E nesse contexto,
De pureza vos pergunto,
Com toda gentileza
Aceita esse homem, como sua fortaleza?
Rosa não responde,
Olha pra traz,
E lá vê Cuta
Parecia um bom rapaz.
Continuava com as mãos
Fazendo sinal de morte,
Rosa começa a chorar,
Não sabia como isso iria acabar.
Perguntou o Pastor,
Irmã pela última vez,
Recorda, esse amar,
Quer ou não quer casar?
Mais uma vez, Rosa olha pra traz,
Percebe dois dedos em movimentos
O indicador e o anular,
Diga “sim” vou lhe matar.
Há! Seu Pastor,
Ore, por mim,
Eu queiro casar,
Mas o Cuta sim.
(Fazendo sinais com os dedos, igual ao Cuta).