A saga dos Hebreus na terra do Egito

Os hebreus foram escravos

Sabe disso o mundo inteiro

E o Reino do Egito Antigo

O seu primeiro cativeiro

Viviam em más condições

Padeciam o dia inteiro

Eles estavam no Egito

Desde os tempos de José

Homem por Deus usado

Que tinha bem muita fé

Desde então foram ficando

E não arredaram o pé

A perseguição começou

Depois que José morreu

O faraó mui opressor

Uma ordem assim vos deu:

-Joguem no rio os meninos

Que pertencem ao povo hebreu

Depois de parir um menino

Certa mulher hebréia

Fez uma arca de junco

E quem teve uma boa idéia

Foi a irmã dessa criança

Que acompanhou a odisséia

Do seu irmãozinho caçula

Levado pela correnteza

Ver o neném arrastado

Deve ter sido dureza

Momentos angustiantes

E de imensa tristeza

A filha do grande rei

Naquele exato momento

Foi lavar-se no rio

Isso era um cumprimento

Do desígnio celeste

Pra acabar com o tormento

Não só dessas crianças

Mas de toda uma nação

Que eram filhos da promessa

Descendência de Abraão

A princesa viu o cesto

Que chamou sua atenção

Dentro daquele cesto

O menino então chorava

A princesa o achou lindo

Cada gesto a encantava

Diante daquela cena

Qualquer um se emocionava

- Vou chamá-lo de Moisés

Pois das águas o tirei –

Falou toda orgulhosa

A bela filha do rei:

- Essa criança será minha

Já decidi, já o adotei

A irmã do garotinho

Aproximou-se da princesa

E lhe fez uma proposta

Com bastante sutileza:

- Conheço uma ama de leite

Posso chamá-la alteza?

Assim a mãe do menino

Do filho pode cuidar

E até recebeu salário

Para lhe amamentar

Depois que Moisés cresceu

Com a princesa foi morar

Criado como um nobre

Foi muito bem educado

Mas sabia que o seu povo

Não era tão bem tratado

Certa vez viu os hebreus

Em seu trabalho pesado

E lá viu um egípcio

Espancando um hebreu

Ao presenciar aquilo

Moisés se enfureceu

Matou o tal agressor

E o seu corpo escondeu

Passado então aquele dia

Tinha dois hebreus brigando

Quando foi apaziguar

Um foi logo perguntando:

- Por acaso és tu juiz?

Por que está se importando?

E depois disse a Moisés

Que sabia sobre o egípcio

Moisés sentiu-se acuado

Como se num precipício

Se o faraó soubesse

Traria a ele malefício

O faraó de fato soube

E a Moisés quis matar

Mas ele já tinha fugido

Em Midiã foi morar

Casou-se lá com Zípora

E passou a pastorear

Os anos se passaram

Aquele faraó morreu

Mas não pensem que isso

Livrou o povo hebreu

Ainda eram escravos

Como esse povo sofreu

Porém o Deus Altíssimo

Atendeu o seu clamor

E iria livrar seu povo

Das mãos do opressor

De fato Deus é forte

Infinito é o seu amor

Moisés pegou o rebanho

Do seu sogro certo dia

Foi para o Monte Horebe

E lá uma sarça ardia

Moisés achou estranho

O fogo não a consumia

Aproximando - se então

Mal pôde acreditar

Deus o chamou pelo nome

Tinha algo a lhe falar

Moisés tirou suas sandálias

Por ser santo o lugar

Deus lhe revelou seu plano

Sabia de toda opressão

Ele escolheu Moisés

Pra liderar sua nação

O Senhor se faz presente

Nos momentos de aflição

O senhor disse a Moisés

Que o iria conduzir

Aquele povo inteiro

Do Egito ia sair

E quando Deus promete

É certo que vai cumprir

Existia certa terra

Prometida por Deus

Ela iria pertencer

A nação dos judeus

Eles iriam conquistar

A terra dos cananeus

A tarefa de Moisés

Não teria facilidade

Era evidente o faraó

Colocar dificuldade

Não teria de repente

Um surto de bondade

Mas o poderoso Deus

Tinha tudo preparado

No final o faraó

Sairia enfim derrotado

As pragas que viriam

O deixariam atormentado

A primeira das pragas

Gerou muito tormento

As águas viraram sangue

Provocando o lamento

Do povo que dependia

Do rio pra seu sustento

Mesmo assim o faraó

Não se impressionou

Veio a segunda paga

Que muito o irritou

Era rã pra todo lado

Todo reino empestou

Depois das rãs, piolhos

Das pragas a terceira

Os magos do Egito viram

Deus não ta de brincadeira

Mas o coração do rei

Parecia uma pedreira

Então a quarta praga

Iria lhe impressionar

Moscas em toda terra

A toda hora e lugar

O faraó chamou Moisés

Quis algo lhe contar:

- Vão cultuar seu Deus

Mas não se afastem tanto

Peço só uma coisa:

Orem por mim, no entanto

Tirem já essas moscas

Elas me causam espanto

Moisés orou ao senhor

E nenhuma mosca ficou

Foi aí que o faraó

Sua palavra mudou

Então o Deus Eterno

A quinta praga mandou

A morte dos rebanhos

Boi, cavalo e jumento

Também camelo e ovelha

Mas conforme o juramento

Os animais dos hebreus

Sobreviveram ao momento

O rei mandou verificar

Se era mesmo verdade

E constatou o fato

Para sua infelicidade

Só morreu o gado egípcio

Não era fatalidade

Mas sim a mão de Deus

Seu povo querendo salvar

A próxima das pragas

Seria de arrepiar

Feridas purulentas iam

A todos contaminar

E logo após as feridas

Viria uma tempestade

Uma chuva de granizo

Arrasaria toda cidade

Essa sétima praga

Fez estrago a vontade

Pensam que parou aí?

Vinha bem mais pela frente

A praga dos gafanhotos

Aperriou muita gente

Eles devoraram tudo

Deixaram o Egito carente

Ainda viriam mais pragas

As trevas foi a nona

Parecia desta vez

Que faraó ia pra lona

Três dias no escuro

O pesadelo vinha à tona

Pois Deus daria agora

O Seu golpe final

A décima praga foi

De todas a mais fatal

A morte dos primogênitos

Causou pranto nacional

Desde o filho do rei

Até o filho do criado

Todos os primeiros mortos

Nenhum deles foi poupado

Não só morreram homens

Mas também a cria do gado

Mediante essa desgraça

Faraó mudou de idéia

E deixou que fossem

Toda a nação hebréia

Era grande a multidão

Parecia uma colméia

Todos livres e cantando

Celebrando ao Senhor

Com tambores e flautas

A Deus davam louvor

Exaltando o Seu poder

Gratos pelo Seu amor

O restante da história

Vocês já ouviram falar

Todos já escutaram

Sobre a travessia do mar

Se eu fosse falar tudo

O cordel não ia acabar

Fica pra nós a lição

Que Deus é poderoso

E servir a esse Deus

É algo maravilhoso

Louvado seja o Senhor

Salvador e Pai Bondoso

Ele é o mesmo hoje

Não muda e nem mudará

Continua operando

Maravilhas sem cessar

Deposite sua fé n’Ele

E no mais ele fará

FIM

T S Oliveira
Enviado por T S Oliveira em 29/12/2009
Reeditado em 08/07/2010
Código do texto: T2001761
Classificação de conteúdo: seguro
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