MITOLOGIA GREGA: O MINOTAURO
Na ilha grega de Creta,
Para certa criatura
Perigosa, inquieta,
Construiu-se uma estrutura
De labirinto chamada,
Onde foi aprisionada
Aquela coisa temível.
Pro seu povo proteger
Rei Minos teve que erguer
Essa construção incrível.
Minotauro era o bichão,
Corpo humano possuía,
Umas garras de leão,
Cara de touro teria.
Tal obra Dédalo fez
Pra tentar conter de vez
A fera tão perigosa.
Sob o palácio do rei
Nas pesquisas situei
Edificação famosa.
Foi por atenienses morto
Androceu, filho de Minos.
Logo o rei, pra seu conforto,
Vingou-se dos assassinos:
Enviava sete pares,
Em eventos regulares,
Pra servirem de comida
Ao monstro já mencionado.
Por causa do filho amado,
Pagavam com sua vida.
Vendo a morte dos patrícios,
Apresenta-se Teseu.
Passados dois sacrifícios,
No terceiro se meteu
E foi a todos dizendo
Que, ao achar o bicho horrendo
Mataria sem clemência.
Tão valente e destemido,
Para não ficar perdido,
Teve ajuda e providência.
Ariadne, era a princesa,
Filha de Minos também.
Laçada pela beleza
De Teseu, não se contém.
Dá pra ele uma espada,
Além de uma linha enrolada
Numa forma de novelo.
Minotauro morto, então,
O fio era a condução,
No retorno, após vencê-lo.
Depois desse acontecido,
Ele trata de fugir.
O rei fica enfurecido
Porque conseguiu sair.
Manda pra aquela prisão
O mentor da construção
Junto com Ícaro, o filho.
Os confusos corredores
Pros futuros voadores
Não seriam empecilho.
Uma ideia veio à telha
Daqueles dois confinados.
Com pena e cera de abelha,
Os dois ficaram alados.
O pai escapou, prudente.
O filho desobediente
Foi mais alto, além da conta.
A cera se derreteu,
O jovem, enfim, morreu,
Pois sua asa se desmonta.
Mais ou menos desse jeito,
Está na mitologia
A façanha do sujeito
Que o monstrengo enfrentaria.
Também mostra a senhorita
Que seu pai, o rei, irrita,
Ajudando um desafeto.
Traz de um filho a rota inglória
E também a trajetória
De seu pai, um arquiteto.