O CORDEL E O REPENTE HOMENAGEIAM DOCIVAL ALVES (Diversos autores)
QUEM ASSASSINOU DOCIVAL
fERIU O MEU CORAÇÃO.
(Mote e glosa de Abel Araujo
com adaptações de Zé Lacerda)
Uma viola calada,
grito poético não sai,
uma criança sem pai,
uma mulher abandonada.
A canção que foi cantada,
cantará outro a canção,
mas sem aquela emoção,
do menestrel especial.
Quem assassinou Docival,
feriu o meu coração.
Poeta é uma irmandade,
que Deus une toda hora,
um está triste, outro chora,
um parte, outro tem saudade.
E quando um por maldade,
tomba sem vida no chão,
os outros levam o caixão,
sofrendo e passando mal.
Quem assassinou Docival
feriu o meu coração.
Um poeta desfalecido,
calou-se uma sonora,
a humanidade chora,
Deus está muito sentido.
Pois um poeta atingido,
fere-se uma geração,
que poeta é a exceção,
de Deus na regra geral.
Quem assassinou Docival,
feriu o meu coração.
Série Parceria, Vol. II