O CORDEL E O REPENTE HOMENAGEIAM DOCIVAL ALVES (Diversos autores)

QUEM ASSASSINOU DOCIVAL

fERIU O MEU CORAÇÃO.

(Mote e glosa de Abel Araujo

com adaptações de Zé Lacerda)

Uma viola calada,

grito poético não sai,

uma criança sem pai,

uma mulher abandonada.

A canção que foi cantada,

cantará outro a canção,

mas sem aquela emoção,

do menestrel especial.

Quem assassinou Docival,

feriu o meu coração.

Poeta é uma irmandade,

que Deus une toda hora,

um está triste, outro chora,

um parte, outro tem saudade.

E quando um por maldade,

tomba sem vida no chão,

os outros levam o caixão,

sofrendo e passando mal.

Quem assassinou Docival

feriu o meu coração.

Um poeta desfalecido,

calou-se uma sonora,

a humanidade chora,

Deus está muito sentido.

Pois um poeta atingido,

fere-se uma geração,

que poeta é a exceção,

de Deus na regra geral.

Quem assassinou Docival,

feriu o meu coração.

Série Parceria, Vol. II

Zé Lacerda
Enviado por Zé Lacerda em 23/12/2009
Código do texto: T1992718
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