A FRUTA E O CAROÇO
Para minha doce amada
Eu demonstro que venero
Bailando ao som do bolero
Na alcova mais perfumada
Onde exercito o carinho
Em pleno gozo do ninho
No embalo da madrugada.
Vou de cheiro no pescoço
Com minhas mãos deslizando
Pelo seu corpo dançando
Em busca do feliz poço
E no instante que ali chego
Encaixo-me no aconchego
Sendo, da fruta, o caroço.