CAIXEIRO VIAJANTE

Esta vida de caixeiro viajante,

Me adorna os confins do universo,

Se quisesse não seria tão perverso,

Quanto a falta que eu sinto de você,

Muitas vezes sem vontade de viver,

Me apego aos farrapos do meu ser,

Nesta corrida ainda hei de crescer,

Para dar justa causa a este pranto,

Revertendo da tristeza pro encanto,

As resenhas que dilatam meu saber...

Se o destino me deixar continuar,

No trajeto que tracei a minha vida,

Certamente curarei sem despedidas,

As maldades que outrora provoquei,

Satisfeitos todos fazem suas leis,

E ninguém se desfaz do bem maior,

Não preciso de piedade nem dor,

Busco então a justiça terminal,

A torpeza deste gesto tão brutal,

Deu a mim um tratamento animal...

MARTELO AGALOPADO