ODE A MORENA

Morena, os teus cabelos

Rebeldes, mas delicados,

Escorrem sobre teu rosto,

De traços bem desenhados;

Tua pele em tom canela

Desbanca qualquer branquela

E arrebanha apaixonados!

Morena, teu cheiro invade

e aflora o meu olfato;

Perfuma minha vontade,

Arrepia meu extrato

Que só pensa em dar um bote

No cheiro do teu cangote;

Mesmo sendo, assim, gaiato!

Morena, as tuas coxas

São coisas de outro mundo;

O teu bumbum (nem te falo)

É primeiro sem segundo;

Teu corpo é todo pecado,

É caminho assegurado

Pro deleite mais profundo!

Morena, o teu olhar

Somado com teu sorriso

São cento e cinqüenta gramas

A menos no meu juízo;

E desse jeito eu te juro:

Bora ali num pé de muro

Qu’eu te mostro o paraíso!

João Pessoa, 06/12/2009.