De amor, Yzza coração
Hoje a história que começa
E jamais terá um fim
A história da menina
Que me impressionou assim
Seu jeito mais faceiro
Sua beleza de marfim
Comecei a conversar
Um papo sem igual
Falando coisas da terra
Do céu mais original
Uma rima mais perfeita
Sua voz angelical
Fui aos poucos “achegando”
Seu canto a escutar
Aquele canto de sereia
Que quase fez naufragar
O mesmo que deixou
Ulisses em meio ao mar
Cada palavra sua
Cada coisa que dizia
Ao meu ouvido um canto
No coração uma melodia
Que sem sombra de dúvida
Em mim permanecia
Algum tempo se passou
Eu mesmo sem saber
Meu coração dela gostou
E não quis aparecer
Foi fugindo rapidinho
Se escondendo devagar
Mas bandeira ele deu
Mas ele Já quis se “amostrar”
Que o amor se “apercebeu”
Limpo cristal a brilhar
No fundo do oceano
Sob as águas do mar
Hoje companheiro nobre
Que me ouve recitar
Preste atenção na historia
Longe de terminar
De coisas que não falei
E tudo que vou falar
Sempre à noite me encontro
Ao dia vejo também
Se não vejo, telefono,
Ou então não passo bem
Sem ouvir aquela voz
Dos sinos de Belém
Cuidadosa como sempre
Ela diz no meu olhar
Ainda vejo borboletas
Soltas, livres a voar
Passarinhos quando cantam
Gostam de improvisar
A natureza tão bela
Ela do lado meu
Imitando a primavera
Graça e obra de Deus
Perfumando com as flores
Um coração de plebeu
Aos poucos já percebendo
Vez em quando divagar
Que a gente vai se prendendo
Sem o coração notar
Amarrando-se em sonhos
Delirando sem parar
Do luar tirou seu brilho
Da estrela o cintilar
Das águas a serenidade
O vento a descansar
O fogo do amor
Do sol veio buscar
Bem junto à natureza
Comungando a majestade
Com os olhos de princesa
Sereia em meio ao mar
Um toque de viola
Um som em pleno luar
Se um dia envelhecer
Com classe assim será
Assim como a natureza
Se transforma sem parar
Quanto mais o tempo passa
Mais linda vem ficar
Sol vermelho que alumia
O coração sertanejo
Fogo luz e saudade
Amor e puro desejo
Vontade descontrolada
A saga de um bom vaqueiro
Que tapetes sejam feitos
Para que passe devagar
Com calmo ritmo faceiro
A natureza a comemorar
A cada primavera nova
Nova flor que vai chegar
Não é pedra nem é pau
Não é castigo ou sacrifício
Folhas mortas ou prejuízo
Tatuagem ou dragão
São Jorge que mora na lua
Nem tão pouco solidão
É o bom da natureza
A divina criação
Sorte faces de cometa
Grande luz na imensidão
Que aquece e contagia
Sempre todo coração
De passagem vai ficando
Quando passa o seu perfume
Motiva a fazer versos
Levanta na brisa ciúmes
Mas alegra o velho poeta
E transborda novo lume
Não é isso um lamento
É mais que uma canção
Que nasce do fundo da alma
Que vem com toda emoção
Finalizando a história
De Amor, Yzza, coração!