Ainda ha tempo de evitar o temido amargedom> Autor: Damião Metamorfose.
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Eu já fui extraterrestre,
Fui nobre, conde e guerreiro.
Quando eu nasci gaúcho,
Fui menestrel violeiro.
Agora eu sou potiguar...
Sou poeta popular
E humilde cabeleireiro.
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Já andei o mundo inteiro,
Nas asas do pensamento.
Comi sobejos da fome,
Resisti ao sofrimento.
Já me abracei com a morte,
Se hoje estou vivo é por sorte
E agradeço, não lamento.
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Esse cordel que apresento,
É um presente de Deus.
E como todos que escrevo,
Os versos são todos meus.
Mas a minha inspiração,
Vem de outra dimensão,
Onde não entram os ateus.
*
Como é presente de Deus,
Precisa ser bem cuidado.
Tanto por mim que escrevo,
Passando a ti, meu recado.
Como por você leitor,
Que pode ou não dar valor,
Mas ler o que foi narrado.
*
Falei do antepassado,
Batalhas, vidas vividas.
O meu eu em outro ser,
Minha essência em outras vidas.
Prometo daqui pra frente...
Que vou falar do presente
E os avanços suicidas.
*
O mundo pede medidas,
Urgentes nesses momentos.
Ou seus habitantes mudam,
As formas de tratamentos.
Ou o planeta se esvai
Fica inabitável e cai,
No pior dos sofrimentos.
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Devido os esgotamentos
E as extrações abusivas.
Os ácidos que evaporam,
Formam nuvens corrosivas.
Os avanços da ciência,
Salvam mas trás consequencia,
Que às vezes são destrutivas.
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Lixo espacial de ogivas,
O mar subindo os seus níveis.
As altas temperaturas,
Com as tempestades terríveis.
Os desertos avançando,
-Isso está só começando
E os estragos são visíveis.
*
As guerras por combustíveis,
Já vêm do século passado.
Com o planeta mais quente
E o ar ficando pesado.
A água é o próximo alvo,
-Ai ninguém está salvo
E o mundo é bombardeado.
*
O que não for saqueado,
É porque é liderança.
Ou se uniu ao mais forte,
Pra começar a matança.
E o que for emergente,
Seja em qualquer continente,
Terá morte como herança.
*
A nossa única esperança,
Está ao alcance da mão.
Que é pegar boas sementes
E sepulta-las no chão.
Usando arado e enxada,
-Não é canhão ou espada,
Que vai nos dar salvação.
*
Mostrar que a ambição,
Faz do justo um homicida.
Que aquele que é predador,
Também é um suicida.
Se invertermos a mira,
Nosso planeta respira,
E a morte clama por vida.
*
Pra encontrar nova saída,
Não pode ter omissão.
Cada um vai ser fiscal,
De si e do seu irmão.
E para evitar embate,
Cria-se um livre debate,
Amplia-se a educação.
*
Ainda tem solução,
Não deixe isso acontecer.
Cada vez que você mata,
Ou se cala ao ver morrer.
Vira má em vez de bom
E o temido amargedom,
Antecipa-o sem saber.
*
D*eus nos deu tanto saber,
A*dvertiu, foi amigo.
M*as seus filhos escolheram,
I*ncerteza como abrigo.
A*inda há tempo pra salvar
O* planeta do perigo.
*
Fim
*
23/11/2009