BORRACHO
Enche o copo, por favor,
Preciso me embriagar
Quero matar essa dor
Antes dela me matar...
Não deixe o copo secar
Tal e qual meu coração
Murcho desde a audição
Da frase que o condenou
O som do “tudo acabou”
Endoidou minha razão...
Bebo e o copo é minha dor
Que parece não ter fim
A cada gole que eu dou
Alguém o enche pra mim
Mas não vai ser sempre assim
Vou todos copos secar
E a minha dor vai cessar
Num sorriso embriagado
Atônito, amarelado
Antes de enfim desmaiar...
João Pessoa, 20/11/2009.