Labuta do negro
Labuta do negro
Ao raiar a aurora
La estava a penar
Negro que era negro
Só servia para trabalhar
De manhã ate a tardezinha
Estava sempre a labutar
Na esperança que um dia
Tudo isso fosse acabar
O capataz homem brabo
Que não hesitava em vigiar
Se o negro vacilasse
O chicote is estralar
O padre abençoava
O bendito capataz
Cabra distinto e honroso
Que ao negro açoitava de mais
No exercer de seu oficio
Apoiado pelo clero
Que no final do mês
Recebia o seu custeio
Brasil preta mãe
Que os filhos abandonou
Os rebentos de sua linhagem
Sofrem hoje com temor
O temor do brasileiro
É de olhar para traz
Ver seu passado dantesco
Que se reflete nos dias atuais
O doutor magistrado
Continua a pompar
O negro pobre desgraçado
Na cadeia vai morar
Cadeia é instituição
Apoiada pela burguesia
Para afastar os negros pobres
Do convívio do seu dia a dia
Mas penso em zumbi
E sei que isso vai acabar
A política do café com leite
Já acabara de terminar
Um pobre iletrado
O Brasil esta a governar
Não tem diploma nem anel
Mas a economia fez alavancar
Vamos todos juntos
Vamos revolucionar
Acabar com a hipocrisia
Que no Brasil esta a reinar
O negro é homem inteligente
E que sabe trabalhar
Serviço intelectual e braçal
Nelson Mandela que o diga
A educação é a saída
Para o Brasil melhorar
Para estancar essa ferida
Que ate hoje esta a sangrar
Espero o grande dia
Em que todos vão gritar
Liberdade, igualdade e fraternidade
Literalmente existe lá
Fico nesses versos
Convicto que assim será
Negro, índio e branco
Em paz hão de habitar
Nessa terra bendita
Onde estamos a morar
Terra chamada Brasil
A melhor terra que no mundo há