O INSTRUMENTO DO PEDRÃO - COM INTERAÇÕES!

Obs: Originalmente publicado na Usina de Letras, em Agosto de 2006.

Há muitos anos atrás

Quando a inocência imperava

Um casal de namorados

Com muito custo se beijava,

E a moça sempre casar virgem

Era o que a Família esperava.

Mariquinha conheceu Pedrão

E aos seus pais o apresentou

Eles namoravam na casa dela

Assim como o velho ordenou,

Ele era de uma fazenda vizinha

Há pouco tempo na região chegou.

Veio de um Estado do nordeste

Disso também o pai dela sabia,

Uma noite na hora de ir embora

Tava frio e muito forte chovia,

O velho disse:- Pedrão, durma aqui

Só vai quando clarear o dia.

Mariquinha foi pro seu quarto

Pedrão pediu pra um banho tomar,

A futura sogra lhe mostrou

Um lugar próprio pra ele se lavar

O velho, curioso, ficou escondido,

Vendo o rapaz, a roupa tirar.

O jovem de nada desconfiava

Que o corôa estava espionando

Ficou com o instrumento bem sôlto

E com Bombril, foi o dito esfregando,

O velho viu escrito: "PERNA"

No bicho que o moço tava lavando!

O homem, assustado, falou pra mulher

No dia seguinte a filha ficou ciente,

O velho falou:- O cabra tem uma jibóia,

Minha filha, não há quem aguente,

Ainda lá tá escrito: PERNA,

E cada letra bem contundente!

A moça que parecia tão inocente

Disse: - Papai tá ficando caduco,

Cobra pequena é muito desaforada

Mas, a jibóia do Pedrão eu educo,

Nela não tá escrito só "PERNA",

Se papai tivesse usado a lanterna,

Ia ver que tá escrito: PERNAMBUCO !!!

********************

Meu amigo KNZ ainda vem dizer que achou pequeno! rsrsrs...

Esse tár de Pedraum é fixinha. Iscrusive eu inté tô deixanu um recadinhu pra ele si vosmicê pudé intregá fazenu favô:

Pêdrinhu grândi amigaum

Assim mi sintu caduco.

Aqui nas minha regiaum,

Tatuagi di Pêrnambúco

Só faiz u cabra qui é anaum,

Us qui nêgu châmão di eunucu,

I us mulequi criançaum.

Pintu piquenu im Mauá,

Naum têm queim iscônda,

A côisa é mermo hedionda.

I vosmicê pódi creditá,

Viéru dus Óliúdi pra cá,

Só prá módi mi alugá

I grava ua tár di Anacônda.

Abços pescador!!!

************************

O poeta Heliodoro Moraes já gosta de contar uma mentira também!

Manda ver, cumpádi!

Grande Pedrinho Goltara

Meu grande e dileto amigo

A história desse cara

Parece muito comigo

Eu tava com a namorada

Caiu uma chuva danada

E o sogro me deu abrigo.

Acho que foi um castigo

Ou então falta de sorte

Fui tomar banho no quintal

Quando o velho viu o porte

Do instrumento, passou mal

Pois tinha escrito: Natal

Do Rio Grande do Norte!

O velho disse à consorte

Que eu era descomunal

Mas a filha deu um corte

Disse a verdade, afinal

Era o índice, aquela lapa

No restante tinha o mapa

Das ruas da capital!!

Bravo Pedrinho!!!! Bênçãos!!!

**********************

Agradeço a participação de todos os meus amigos e amigas.

Pedrinho Goltara
Enviado por Pedrinho Goltara em 25/10/2009
Reeditado em 02/11/2009
Código do texto: T1885995