O canto ao santo sem manto> Autor: Damião Metamorfose.

O poeta se encanta quando canta,

O seu canto é mais canto e tem beleza,

Quando o canto decanta a natureza,

Essa obra divina pura e santa.

Quanto mais ele canta mais se encanta,

Quanto mais se encanta mais tem canto.

A cortina do verde é o seu manto,

O seu teto é o céu azul anil,

Seu festejo trovão no mês de abril,

E a chuva que cai é o seu pranto.

Esse pranto que molha a terra é santo,

Como é santa a terra revirada,

Pelo santo manejo da enxada,

Por um santo na fé, mas sem um manto.

Semeando a semente por enquanto,

Com instinto de luta e sem saber.

Acredita que um dia ah de colher,

O plantio que fez na invernada,

E a semente será multiplicada,

Assim sendo não falta o de comer.

Quando o céu escurece pra chover,

Esse bravo guerreiro comemora,

Por não ser mais preciso ir embora,

Revigora na fé e volta a crer.

Mas os homens que mandam no poder,

Desconhecem o poder dessa cultura,

Desse homem que tem mão com textura,

E o couro das costas calejado,

Sangue quente coragem e pé rachado,

Mas detém o poder da agricultura

Damião Metamorfose
Enviado por Damião Metamorfose em 18/10/2009
Código do texto: T1872905
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