PEQUENO CORDEL
Quando num solo brota
a flor da pura poesia
e desperta nos poetas
literatura sadia
como criança feliz
tomando chá de raiz
eu danço de alegria
Sou adepto do cordel
a minha grande mania
escrevo até dormindo
ou ao sol do meio dia
os meus versos rimando
tiros no ar pipocando
nos traços da boêmia
Atiro flecha no alvo,
no pingo d'agua dou nós
um espaço de pescar
sem vara, isca, ou anzóis
pegando peixes no mar
e sobre as ondas caminhar
na luz dos grandes faróis
Voo muito sem ter asas
sou um grande beija-flor
subo escadas correndo
trato a todos com amor
quando me olham sorrindo
me transformo num menino
que ganhou da mãe uma flor
Deixo a todos os poetas
amizade taxativa
um amplexo de amigo
nessa grande roda viva
e peço que editoras
deixem de ser tão tolas
e comprem logo nossa briga
Pois nossa briga é de paz
nossas armas são os versos
temos por faca o sorriso
no bate-boca converso
montamos na fantasia
voamos na alegria
festejamos no Congresso
Publiquem nossas obras
mostrem a arte do poeta
levem cordel pras escolas
ser feliz é nossa meta
poesia é coisa do céu
na internet ou no papel
o analfabeto é pateta