PEQUENO CORDEL

Quando num solo brota

a flor da pura poesia

e desperta nos poetas

literatura sadia

como criança feliz

tomando chá de raiz

eu danço de alegria

Sou adepto do cordel

a minha grande mania

escrevo até dormindo

ou ao sol do meio dia

os meus versos rimando

tiros no ar pipocando

nos traços da boêmia

Atiro flecha no alvo,

no pingo d'agua dou nós

um espaço de pescar

sem vara, isca, ou anzóis

pegando peixes no mar

e sobre as ondas caminhar

na luz dos grandes faróis

Voo muito sem ter asas

sou um grande beija-flor

subo escadas correndo

trato a todos com amor

quando me olham sorrindo

me transformo num menino

que ganhou da mãe uma flor

Deixo a todos os poetas

amizade taxativa

um amplexo de amigo

nessa grande roda viva

e peço que editoras

deixem de ser tão tolas

e comprem logo nossa briga

Pois nossa briga é de paz

nossas armas são os versos

temos por faca o sorriso

no bate-boca converso

montamos na fantasia

voamos na alegria

festejamos no Congresso

Publiquem nossas obras

mostrem a arte do poeta

levem cordel pras escolas

ser feliz é nossa meta

poesia é coisa do céu

na internet ou no papel

o analfabeto é pateta

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 12/10/2009
Reeditado em 23/05/2011
Código do texto: T1861166
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