OS TRÊS PORQUINHOS(livre adaptação em cordel) Final

Os dois porquinhos travessos

se viram desesperados

com o lobo no seu encalço

estavam apavorados

mas tantos dias sem comer

fizeram a fera perder

a maratona pr'os danados

Prático, o irmão mais velho,

na porta os aguardava

nervoso e apavorado

ansioso lá gritava

"depressa, entrem ligeiro

o lobo mau cansou primeiro"

seu grito esgoelava

Rápido eles entraram

a porta foi logo fechada

e o lobo mau esbaforido

tendo perdido a cartada

com muita fome e cansado

o focinho branco e suado

tinha a cara desolada

Salvos, os porcos dançavam

livres do grande animal

cantando desafinados

"quem tem medo do lobo mau?"

e repetiam zombeteiros

com roupa de marinheiros

"quem tem medo do lobo mau?"

Mas a casa dos três porquinhos

era coberta de palha

feita de madeira frágil

o lobo mau viu essa falha

sendo o fôlego o seu forte

viu que estava com sorte

e pensou: nada atrapalha"

Encheu de ar os seus pulmões

inspirou até vermelhar

usou tanto exagero

chegou perto de estourar

com um longo sopro forte

o telhado voou ao Norte

a casa começou a balançar

Os três porquinhos fugiram

a porta dos fundos aberta

a casa ao vento levada

sem estar o lobo alerta

os porquinhos se mandando

o lobo apenas soprando

só viu a palhoça deserta

Um primo dos três porquinhos

residia ali perto

tinha casa de tijolos

daria ajuda decerto

aos dois atrevidos, a lição:

nunca seguir na emoção

nem querer bancar o esperto

Nem cobrir de palha o teto

ia Prático pensando

faria casa segura

cimento e ferro armando

que não fosse derrubada

com o ímpeto da soprada

de um lobo mau soprando

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 04/10/2009
Código do texto: T1846709
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