EH! LASQUEIRA!
Eh! lasqueira essa poesia
Acorda nossa mente
Faz conjugar a alegria
Tira toda dormência
Parece que somos cria
Arrancando a indolência
Faz a arrogância sumir do mapa
Faz a exuberância aparecer na hora
Tira toda pinta de farpa
E faz tudo virar agora
Coloca até em capa
E faz o povo dizer: ora!
Cordel do amor e sem brigar
Coisa mais linda de enxergar
Não sei ainda metrificar
Mas logo quero chegar
E vou indo como barco
A sempre querer navegar
Estou levado pela alegria
E não quero economizar
Tenho muita, a energia
E vou poder aproveitar
Tirar prazer da cantoria
Desse tal de poetizar
Só quero poder acreditar
Que coisa melhor não há
Quero fazer da nossa vida
Nada pior do que duvidar
Não tornando as rimas frias
Mas, somente a esquentar
A poesia é mesmo intrigante
Porque traz todo o sentimento
Faz virar um tal de vibrante
Que, outrora eu carregava
Acabando-se com o quebrante
E, na cruz era onde eu estava
Conjugando as palavras
Respeitando a oração
Fazendo prece de verdade
Sem comparecer na religião
A rima diz-se da rua
e coloca o poeta na tua
Torna a vida uma equação
Que não dá pra querer fingir
Ainda mais sabendo da vocação
E nem mesmo afugentar
Inventa-se uma nova linguagem
Que não dá para desprezar
Trata-se dessa expressão
Que cantadores inventaram
Com rima e ainda sem métrica
Vou fazendo força elétrica
Que tem na eletricidade
Mesmo amor da jovialidade