O DEFUNTO, PRESA TENTAÇÃO
Em Sergipe aconteceu
Uma estória atrapalhada
Um homem que já morreu
Assombrando a madrugada
De branco ele apareceu
Como conta a empregada
Era forte, moreno e alto
Um deus grego nordestino
De repente deu um salto
Igual moleque traquino
Ciça arregalou os olhos
Foi pra cima do menino
Olha a grande confusão
O morto querendo reza
Ciça querendo paixão
Nem defunto mais se preza
Pois era ele a tentação
Que dela ia virar à presa
O danado quis correr
Mas ela logo o agarrou
O que poderia fazer
Foi ele que arapuca armou
Agora quer se esconder?
O defunto se danou
Veio assombrar a beata?
Pois agüenta o remelexo
É a presa tentação
Vai lhe tirar o complexo
De nunca ter desfrutado
De um homem, seu amplexo
A rima podia ser outra
Quase cai em tentação
Complexo rima com sexo
A tentação com tesão
É melhor ficar quieta
Se não...aumenta a confusão.