O DEFUNTO, PRESA TENTAÇÃO

Em Sergipe aconteceu

Uma estória atrapalhada

Um homem que já morreu

Assombrando a madrugada

De branco ele apareceu

Como conta a empregada

Era forte, moreno e alto

Um deus grego nordestino

De repente deu um salto

Igual moleque traquino

Ciça arregalou os olhos

Foi pra cima do menino

Olha a grande confusão

O morto querendo reza

Ciça querendo paixão

Nem defunto mais se preza

Pois era ele a tentação

Que dela ia virar à presa

O danado quis correr

Mas ela logo o agarrou

O que poderia fazer

Foi ele que arapuca armou

Agora quer se esconder?

O defunto se danou

Veio assombrar a beata?

Pois agüenta o remelexo

É a presa tentação

Vai lhe tirar o complexo

De nunca ter desfrutado

De um homem, seu amplexo

A rima podia ser outra

Quase cai em tentação

Complexo rima com sexo

A tentação com tesão

É melhor ficar quieta

Se não...aumenta a confusão.

Aglaure Martins
Enviado por Aglaure Martins em 19/09/2009
Código do texto: T1819465
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