TORNEIRA FECHADA

eu era uma torneira,

e não sabia,

pensava que era interessante,

tinha uns que até sorria.

vejo hoje, o estrago do passado,

metido a besta,

e mais parecido com jumento,

que não sabia, nada de discernimento.

era doido de tudo,

de porre,

de estudo.

mulher que era bom, nada

não caçava, e só vivia atordoado,

na verdade, eu não sabia, mas era caçoado.

perdia tempo com besteiras,

coisas úteis nada fazia,

só havia mesmo, tristeza,

e olha, que eu nem sabia.

assim, foi bom, porque hoje aprendo,

que com a vida não se brinca,

embora ela seja uma brincadeira,

melhor mesmo é não fazer besteira.

jumento já fui, porque pensava demais,

engraçado, que mais pensa,

é que tem orelhas grandes,

eu sempre acreditei no contrário,

passei mesmo, como otário.

não vou repetir a lição,

porque dói na mente,

e no coração.

arrab xela
Enviado por arrab xela em 18/09/2009
Reeditado em 19/09/2009
Código do texto: T1818313
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