A pele> Autor: Damião Metamorfose.

A pele, cútis ou tez.

É a proteção externa

Tem movimentos sutis

Que protegem a parte interna

É o cartão de visitas

Ante a época da caverna

Com a ciência moderna

A pele virou postal

Corta aqui estica ali

Evite o sol e o sal

Sem a pele a aparência

É algo mais que abissal

No toque é tão natural

Pois só um toque revela

Uma paixão, um amor.

Toque detecta a seqüela

Quanto mais eu toco a pele

Mais eu penso em tocar nela

A pele é uma aquarela

Perfil de pura beleza

Com fetiche a flor da pele

Plebe rude vira alteza

O pequeno se iguala

O grande perde a nobreza

Cai muralha e fortaleza

Com nada mais que um toque

Olhos nos olhos em transe

Pele na pele, um choque.

Ferrari rende-se ao fusca

O baixo cais vira époque

O clássico rende-se ao rock

O pop ao sertanejo

Asfalto funde-se em lama

E assim nesse manejo

Quando a pele encontra a pele

Rende-se ao puro desejo

E na ternura do beijo

Num abraço sedutor

Mentes, corpos, olhos, toques.

Sussurros gritos sem dor

Mãos se enlaçam, corpos tecem.

A alquimia do amor.

Cai por terra o faz favor

Com licença ou obrigado

O preconceito de cor

Incorreto certo errado

Quando a pele encontra a pele

Metaleiro canta um fado.

Damião Metamorfose
Enviado por Damião Metamorfose em 16/09/2009
Código do texto: T1813025
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.