COMIA MUITO
ele era magro e moreno,
devagar ele chegava,
a principio não queria nada
e logo arruinava.
primeiro era um pão,
depois outro,
logo era um montão
rapidinho ia uma bandeja,
e logo acabava outra,
comia mais de 30 pães,
estômago, não se sabe como tinha,
o que intrigava era a fome,
do bicho homem.
era pedreiro de profissão,
fazia de tudo na construção,
dava horário de lanchar,
ia para o comércio se arrebentar.
era mais de 3 refrigerantes,
não brincava com a comida,
ai de algo falar,
o danado era mesmo de estragar.
não jogava nada fora,
nem dinheiro, nem conversa,
ele era da hora,
e comia tudo na pressa.
rápido pra comer,
difícil pra falar,
bicho queria mais,
até não aguentar.
esse moço me marcou,
com seu jeito simples de agir,
sempre arrancou,
nosso riso da encenação,
comia mesmo, e não tava nem aí,
pra multidão.
esqueci foi seu nome,
mas não esqueço as peripécias,
comia bem rápido e muito,
sem se preocupar com a travessa.
era pão pra lá, e pão pra cá,
gostava mesmo é da massa,
ingeria tudo,
e nada de falácia.
Isso não é conversa,
nem é dito popular,
embora tenha virado
história pra contar,
com a gulosa força de engasgar.
pode até virar história,
e isso não é problema,
porque a versão da situação,
nunca dá em negação.