BRINCADEIRAS

Na infância era todo tipo de brincadeira,

subia na terra e empinava pipa,

jogava até debaixo da amendoeira.

Tinha todo tipo de arte,

chucho, era sempre nos dias molhados,

quando a chuva parava,

ia logo na terra fofar, pra ver se ganhava.

Sempre brincava de costurar o chão,

cortando toda a terra e fazendo um esqueletão,

debaixo da amendoeira,

na frente do comércio do meu paizão.

Também tinha o brincar de peteca,

que era a bolinha de gude,

ali, eu não era muito bom,

mas tinha dias que ficava quase rude.

Mirava na bolinha, e olhava dentro do olho,

coloca a petequinha perto da visão,

e atirava com torda força,

até escolher a tacada no outro bolão.

Sempre um dizia, “cagada”, reclamando,

o importante, é que eu sorria,

e logo ganhava o jogo, ou perdia,

mas bom mesmo era jogar, com a galera da vizinhança,

que não dava mole pra gente nenhum,

porque o importante também era ser qualquer um.

Brincava também de papagaio,

empinava a pipa,

dava cada sacalão,

que era mexer a bicha no ar,

como se fosse um animalzão.

Ela sacudia e abaixava,

emborcava até perto do chão,

parecia um bicho vivo,

que descia do céu até lá perto da população.

Todo mundo gostava de ver,

e também de admirar,

a gente não esquece,

porque da infância não há de se admoestar.

arrab xela
Enviado por arrab xela em 15/09/2009
Código do texto: T1812009
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