Carne de Mulher: Dança...Dança...Dança...

Mulher que dança,

devagar começa,

toda tímida,

sorrateira,

tem medo de escorregar,

vamos lá, vamos brincar.

Deixa de coisa,

tenha confiança,

estou aqui,

estou te segurando,

vamos dançando.

Pára de contar os passos,

não olha para as pernas,

deixa de vergonha,

pensa que está voando,

assim vai se encantando.

Dança...que é bom,

assim tá ficando melhor,

solta os cabelos,

rebola,

que assim vai melhorar,

e deixa de piorar.

Sente o som,

canta a música,

sente os passos,

brinca com o movimento,

que assim, pinta o sentimento.

Dançando, curtindo, sambando,

assim, sem esquecer

de ir rebolando.

Deixa pra lá o sofrer

a gente deve esquecer,

e não ficar na de,

entristecer.

Pula, sacode,

faz a cintura virar bailão,

que assim,

surgirá a paixão.

Canta, me encanta,

mexe os cabelos,

brilha os olhos,

seu sorriso está aparecendo,

e você não está esquecendo.

Está, na verdade, aquecendo,

pega fogo,

faz o amor disfarçar o sofrimento.

A música acende o coração,

faz o corpo se juntar,

e até o tesão.

Seu brincar é de verdade,

porque assim é a realidade,

brincando,

e encantando.

Com amor e paixão,

pulando e sorrindo,

sem tropeçar,

pois aqui é o movimentar.

A música é uma dádiva,

feita pra todos,

compactar com a união,

e daí, até pode surgir uma ilusão.

Ilusão, que não é mentira,

é obra da mente,

que não desmente,

e torna o som o que se faz verdadeiramente vibrar,

e também contagear.

A voz vem do cantor,

e não somente da dor,

porque assim, nos eximimos

e cada vez mais nos divertimos.

Das inibições e vergonha,

porque dançar é se libertar,

e até parece que

é voar.

Voa, sente, sobe,

levanta a perna,

mexe o quadril,

puta que pariu!

Assim, o incêndio acontece,

mostra sua gostosura,

não esconde,

sua belezura.

Vamos, que o tempo é nosso,

a vida é curta, o brincar é dever

que não se deve escrever.

O corpo se cola,

assim,

é que se descola.

E a gente vai, sem parar,

e melhor mesmo,

nem narrar.

Tu, você, linda, moça,

gostosa, bonita, charmosa,

suando,

e não esfriando.

Devagar, parando,

fazendo o silêncio

aparecer,

onde não deve,

nada se esconder.

arrab xela
Enviado por arrab xela em 13/09/2009
Código do texto: T1807335
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