Cumparação

Cumparação

Veno naquele decote

E os peitião da Rosinha

Min alembrei duns mamote

Lá no quintá da cuzinha.

Era u’a leitioa gorda motreta

Cum o ubre de quinze teta

Qui pros bitélo era rainha.

Em cada teta um mistéro

Nela o leiti num cabava

Era quinén no ministéro

Onde os porcão se ingordava

A porca era u’a maravia

Botei o nome de Brazia

Pruquê tudo se cumparava.

O dono daquele quintá

Já andava matutano

Pruquê o leite ia findá

No xegá dos quatro ano

E perdê aquela leitioa

Nun era u’a coisa boa

Nun tava nos seus plano!

Pra sua sorte intão

A leitioa tornô grávidá

E nasceu quinze leitão

Pra de novo nas teta mamá

Era mermo um mistéro

Iguarzin no ministéro

Condo os leitião mama lá.

Já se pássaro um tempim

Trêiz ano só para dizê

Para as teta num tê fim

Ta u’a porca a aparicê

Essa tem muitias motreta

Ta vino cum muitias teta

Pra criá muitios porquim.

Airam Ribeiro
Enviado por Airam Ribeiro em 12/09/2009
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