Cumparação
Cumparação
Veno naquele decote
E os peitião da Rosinha
Min alembrei duns mamote
Lá no quintá da cuzinha.
Era u’a leitioa gorda motreta
Cum o ubre de quinze teta
Qui pros bitélo era rainha.
Em cada teta um mistéro
Nela o leiti num cabava
Era quinén no ministéro
Onde os porcão se ingordava
A porca era u’a maravia
Botei o nome de Brazia
Pruquê tudo se cumparava.
O dono daquele quintá
Já andava matutano
Pruquê o leite ia findá
No xegá dos quatro ano
E perdê aquela leitioa
Nun era u’a coisa boa
Nun tava nos seus plano!
Pra sua sorte intão
A leitioa tornô grávidá
E nasceu quinze leitão
Pra de novo nas teta mamá
Era mermo um mistéro
Iguarzin no ministéro
Condo os leitião mama lá.
Já se pássaro um tempim
Trêiz ano só para dizê
Para as teta num tê fim
Ta u’a porca a aparicê
Essa tem muitias motreta
Ta vino cum muitias teta
Pra criá muitios porquim.