Nunca ví tanta podridão/No meu país guverná. 1ª parte

Nunca ví tanta podridão

No meu país governá.

Nois que vévi ca imbáxo

Morreno de pagá imposto

Min da inté um disgosto

Em vê tanto isculáxo

Eu fico de cabeça pra báxo

Sem nem podê eu oiá

Tenho vregonha de levantá

A minha cara qui óia pro xão

Nunca ví tanta podridão

No meu país governá.

A ética ninguém tem mais

E os ladrão num vai pra cadeia

Eu tô veno a coiza fêia

Mais fêia do que satanaiz

Tanto rôbo elis fáiz

No congréço nacioná

O istupim ta a queimá

Pois ninguém guenta não

Nunca ví tanta podridão

No meu país governá.

Quando o ôtro guvernava

Opozição logo grunia

Fazia tanta anarquia

E inté todos xingava

Um deles é qui cumandava

Na liderança nacioná

Eles danava a xingá

Quereno as tetas na mão

Nunca ví tanta podridão

No meu país governá.

E o inleitô brasilêro

Quereno vê u’a melhoria

Antonci foi a maioria

Pras urna no dizispêro

Pois no primêro de janêro

Ôtra fase ia cumeçá

Mais danô aparicê por lá

Tantos amigo do patrão

Nunca vi tanta podridão

No meu país governá.

A vaca tem muitias teta

E da leite cum muitio capim

O inleitiô num pensava ancim

Qui as nova idéia era motreta

Só qui o vaquêro careta

O leite só num quiria tirá

Só fartô sua tia levá

Pruquê o fio já tava intão

Nunca ví tanta podridão

No meu país governá.

Vêi um ta de Genuíno

E esse num levava a bréca

Pois inté dóla na cuéca

Carregava esse minino

E um ôtro cara mais fino

O Zé Dirceu já tava lá

Esses tudo ia cumandá

Da casa civil a nação

Nunca ví tanta podridão

No meu país governá.

Cum as farcatrua iscundida

Um ta de Géferson pariceu

Tonce Ginuino e Dirceu

Qui robava as iscundida

Viu suas vida perdida

E seus mundo esmuruná

E tantos pariceu pur lá

Os xefe dos mensalão

Nunca ví tanta podridão

No meu país governá.

Tantos rôbo pariceu

E muitos ôtros qui nem sei

Só sei qui um ta de Sarnei

Teve mais sorte qui Dirceu

Mais o Genuíno pariceu

Cuns inleitô especiá

Ele vortô pro seu lugá

Pras marditas reunião

Nunca ví tanta podridão

No meu país governá.

O Géferson qui dinunciô

Ficô tomém indefeso

Pur num vê nium preso

Ele inté se intristiceu

Pois muitios amigo perdeu

Praquelas bandas de lá

O jeitio foi ele calá

Na questan do mensalão

Nunca ví tanta podridão

No meu país governá.

Airam Ribeiro
Enviado por Airam Ribeiro em 28/08/2009
Reeditado em 29/08/2009
Código do texto: T1779389